Os primeiros sinais de deterioração da economia europeia começam a chegar. E no caso da Alemanha, são verdadeiramente preocupantes.
O indicador de confiança dos empresários alemães, publicado pelo think thank Ifo, registou este mês uma queda acentuada, atingindo o valor mais baixo desde 2009, altura em que a economia estava em recessão.
Os dados preliminares, publicados pelo instituto alemão e citado pelo Público, apontam para uma queda do índice de 96 pontos em fevereiro para 87,7 pontos em março. “É a maior queda desde 1991 e coloca o índice ao seu nível mais baixo desde agosto de 2009”, disse o presidente do Ifo, Clemens Fuest, acrescentando que a economia alemã está a acelerar em direção a uma recessão”.
O DIW também apresentou esta quinta-feira as suas previsões atualizadas para a economia. O instituto alemão de investigação económica antecipa um impacto negativo “massivo” do novo coronavírus durante o segundo e o terceiro trimestre deste ano, que colocariam a variação do PIB durante o ano em -0,1%.
Esta semana, o Governo alemão apresentou medidas de apoio à economia, lançando garantias e avales para linhas de crédito de grande dimensão que permitam às empresas evitar problemas de tesouraria, por exemplo.
Está ainda a ser estudado um reforço de medidas, nomeadamente o aumento dos apoios já previstos para os trabalhadores em dificuldades, o que poderá implicar que a Alemanha venha a assumir, pela primeira vez desde 2013, nova dívida pública.