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Donald Trump recua nas promessas de campanha (e isso é bom)

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está a dar sinais de que pode recuar em algumas das promessas feitas durante a campanha eleitoral.

Entre essas promessas está a construção de um muro na fronteira com o México (a ser pago com dinheiro do governo mexicano), a proibição de os muçulmanos entrarem em território norte-americano, a expulsão de imigrantes sem documentos e a revogação do Obamacare, uma lei aprovada pelo pelo presidente Barack Obama em março de 2010 que reduz os custos do seguro saúde de milhões de americanos.

Trump foi escolhido o novo presidente dos Estados Unidos em eleições realizadas na terça-feira. Mas agora, tanto Donald Trump como os seus principais assessores estão a passar a mensagem de que algumas medidas vão ter de esperar, porque serão revistas, e que outras só serão cumpridas parcialmente.

Donald Trump, que tinha repetidamente prometido durante a campanha que iria revogar o Obamacare, disse em entrevista ao The Wall Street Journal que pensa manter partes importantes da lei.

Trump mudou de opinião depois de ouvir o presidente Obama, num encontro que tiveram na Casa Branca um dia após o anúncio da vitória do candidato republicano nas eleições para presidente dos Estados Unidos.

Na entrevista ao jornal americano, Donald Trump diz que está disposto a deixar em vigor disposições que proíbem as seguradoras de negar cobertura aos pacientes alegando condições de saúde preexistentes.

Diz também que pretende manter a parte da lei que garante aos filhos dos segurados a cobertura do plano até a idade de 26 anos. “Gosto muito disso”, disse Trump na entrevista.

Segundo o The Washington Post, o ex-presidente da Câmara dos Representantes, Newt Gingrich, hoje um dos principais assessores do presidente eleito, lançou dúvidas esta semana sobre a viabilidade de o novo governo conseguir recursos do México para pagar o muro que Trump pretende construir na fronteira sul dos Estados Unidos.

“Trump já vai gastar muito tempo a controlar a fronteira. Ele pode não ter esse tempo todo para fazer com que o México pague, mas foi uma grande promessa de campanha “, disse Gingrich.

O ex-presidente da Câmara de Nova York, Rudolph W. Giuliani, um dos conselheiros mais próximos de Trump, diz que sem dúvida que o muro será construído, mas a data da construção está longe de ser uma questão resolvida.

Em entrevista à CNN, Giuliani diz que o que Donald Trump deve priorizar inicialmente é a aprovação da reforma fiscal, e não a construção do muro na fronteira mexicana.

Se realmente Donald Trump quiser cumprir a promessa de campanha de expulsar imigrantes sem documentos, a primeira dificuldade será saber quantas pessoas estão nessa situação. A falta de números confiáveis pode atrasar ou inviabilizar a proposta.

As estimativas sobre o número de imigrantes que trabalham sem documentos nos Estados Unidos variam de 1 milhão a 6 milhões de pessoas.

Mas ao longo da campanha eleitoral Donald Trump disse, em diversos comícios, que se fosse eleito iria expulsar 11 milhões de pessoas que estariam em território norte-americano sem documentos.

Banir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos é uma das propostas de campanha mais difíceis de serem viabilizadas porque envolve questões éticas e de religião.

Ao longo da campanha, Donald Trump foi fazendo modificações a essa proposta. No início, referia-se genericamente aos muçulmanos. Mais tarde, começaria a dizer que só seriam impedidos de entrar os muçulmanos vindos de países “comprometidos com o terrorismo”.

Agora, depois de eleito, Trump nem sequer mencionou a expulsão dos muçulmanos.

Ao fazer a primeira visita ao Congresso americano, Trump citou como propostas a serem executadas por seu governo apenas as questões de fronteira (imigrantes), os cuidados com a saúde (Obamacare) e a criação de empregos.

 ZAP / Agência Brasil

8 Comments

  1. Isto é completamente ridículo. Dizem que o homem é um revolucionário e vai rebentar com o sistema, mas a realidade é que ele é um político dos mais antigos.
    Cuspiu mentiras até ser eleito e agora vai fazer o que quiser que invulgarmente será o que menos ondas criar porque o que ele procura agora é voltar as cameras para ele (como sempre foi).

    O que não leio nem ouço os analistas mencionar é o facto de que o eleitorado é estúpido e estava prontinho para um candidato que lhes vendesse a banha da cobra.
    Foi o que aconteceu. Dizem que a hilary era fria, que falhou em chegar as mentes deste e daquele grupo…não. Enquanto ela liderava uma campanha normal, com planos para o país, falando deste e daquele problema, do outro lado estava um vigarista a prometer mundos e fundos só para ser eleito.

    Resumindo, qual foi o maior erro da hilary? Não perceber que o eleitorado é estúpido e iria cair na esparrela do vigarista e essa é a realidade que mais assusta.

    • Se o sr procurar vai descobrir que VIGARISTA é o apelido da Hilary e seu marido.
      Procure no youtube o que se passou no Haiti e com a fundação Clinton que serve apenas para lavar dinheiro e enriquecer esta casal de idosos.Procure também “Hilary body count” entre outros segredos desta personagem que vai ficar na história como a política mais corrupta que até conseguiu ludibriar o FBI.
      Trump por seu lado apenas é como qualquer homem deve ser, mulherengo e daí nunca veio nenhum mal ao mundo a não ser um sorriso nas mulheres

  2. O erro de Hillary Clinton foi pensar que todo o eleitorado era estúpido e seria convencido com frases feitas e slogans superficiais.
    Vigarista??
    A Hitlery Clinton mentiu ao senado sob juramento inúmeras vezes na questão dos emails que ninguém quer saber por ser um assunto complicado e exige pensar um pouco, na questão de Benghazi, e a troco de financiamento para a sua fundação, tem dado aval à destruição de países resultando na morte de milhões de pessoas (Iraque, Líbia, Síria), deseja que a liberdade de expressão deixe de existir para quem a opõe, foi cúmplice nos crimes sexuais do marido, viajou várias vezes no Lolita Express, avião do milionário pedófilo Jeffrey Epstein.
    Passou a campanha a dizer que devia ganhar por ser mulher, que defenderia as mulheres mas é finançiada pela Arábia Saudita, o país que permite espancamento das mesmas e já agora, a execução de gays.
    O mundo deve agradecer a Trump por ter feito frente a tão horrível criminosa, e festejar a sua vitória, pois, pelo menos, oferece alguma esperança na batalha contra a criminalidade organizada mundial, da qual ela é elemento destacado, e que não merece menos que passar o resto da vida na prisão.

  3. “financiada” e não “finançiada”..! Perdão pelo erro!

    Já agora, proveito para acrescentar que nem mesmo controlando todos os media oficiais (nos EUA e na Europa, inclusive em Portugal), e obrigando as celebridades (beyoncé, sprinsteen, madonna, entre muitas) a fazer campanha (a troco de serem mantidas nos tops e nas capas desses mesmos media, as pobrezitas..), esses gangsters conseguiram ganhar. Porquê? Porque sempre mentiram, e as pessoas começam a ficar fartas disso. A ver no que isto vai dar. Era bom que esta vitória e o Brexit tivessem repercussões em Portugal, e que estes agentes das multinacionais gananciosas e sem escrúpulos, se fossem apagando do nosso país.

  4. Sr. Ramstein74, nao discuto o que escreveu sobre o casal Clinton, mas defender o Tump e dizer que ele é como qualquer homem deve de ser, molherengo, as palavras MORAL e ÉTICA, não tem valor para si?
    Também se sabe que Trump é tanto ou mais corrupto e mentiroso que os Clinton, venha o diabo e escolha.

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