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Dois dias antes da demissão, ministra entregou SIRESP à polícia

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Tiago Petinga / Lusa

A Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa

Um dia depois da segunda grande vaga de incêndios que assolou o país e dois dias antes de se demitir, a ex-ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, criou um gabinete de gestão do SIRESP constituído pela PSP e pela GNR.

A notícia é avançada pelo jornal Público que teve acesso ao despacho que criou o gabinete de gestão do SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) dentro do Ministério da Administração Interna (MAI).

Assinado a 16 de Outubro por Jorge Gomes, secretário de Estado da Administração Interna, esse despacho cria uma equipa de 16 pessoas, constituída por agentes da PSP e militares da GNR, com o objectivo de dar suporte permanente aos utilizadores do SIRESP.

O despacho determina que a equipa funcionará durante 24 horas, mas os agentes “terão apenas um trabalho operacional, de ligação aos utilizadores, e não de fiscalização da empresa operadora, a SIRESP”, conforme transcreve o Público.

A fiscalização e o acompanhamento do contrato com o SIRESP “continuará a ser da responsabilidade da Equipa Multidisciplinar de Comunicações Críticas, da SGAI (secretaria-geral da Administração Interna)”, refere o mesmo despacho.

O Público lembra que, aquando das falhas reportadas ao Sistema de Redes de Emergência, no incêndio de Pedrógão Grande, Constança Urbano de Sousa tinha solicitado, no prazo de dois meses, “uma proposta de enquadramento orgânico do SIRESP, no âmbito da SGAI, com competências de fiscalização e supervisão da operadora e de interface com os utilizadores”.

A medida que foi questionada, por sugerir a integração do SIRESP no Estado, acabou por ser formalizada na semana passada, pelo despacho assinado por Jorge Gomes.

Entretanto, após o Conselho de Ministros extraordinário do dia 21 de Outubro, o Governo anunciou que vai entrar no capital da SIRESP, SA. O novo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, já disse que essa posição pode vir a ser maioritária, o que levará o Estado a assumir o controlo do SIRESP.

Estado pagou ao SIRESP 20,6 milhões até Junho

O SIRESP recebeu do Estado, até final de Junho, 20,6 milhões de euros, o que constitui um aumento de 4% relativamente ao mesmo período em 2016, conforme destaca o Observador.

A publicação nota que estes pagamentos reportam até Abril de 2017, não incluindo, assim, os meses críticos dos incêndios. Durante os grandes fogos em Pedrógão Grande e também durante os mais recentes incêndios, verificados em vários locais do país, foram apontadas falhas ao SIRESP.

ZAP //

8 Comments

  1. O Estado pagou ao SIRESP 20,6 milhões até Junho. Assim como paga muitos outros milhões a várias empresas por serviços que lhe competem. Será que não seria melhor terceirizar em bloco o governo português, contratando ministros suecos, alemães ou holandeses ?

    • Óptima ideias Capeta!!!!
      Vamos fazer um referendo sobre se devemos ou não substituir todos os políticos nacionais por políticos suecos, alemães ou holandeses?
      O voto sim! Substituam-se todos os políticos nacionais!!!!
      Não tenham pena deles, pois eles já têm as remordas garantidas!!!!

    • Porquê todo essa pateada + o dinheiro que custaria. vais tu p’rá suecia, holanda e alemanha e não tenhas problemas de consciência por isso nós vamos sobreviver sem ti.

    • lá tás tu a resolver os teus problemas com o trabalho e boa vontade dos outros. na Islândia quem resolveu o problema(s) não foram os políticos foi o povo com sangue, suor e lágrimas e noites encontradas. arregaça as mangas e faz-te à vida não estejas à espera que a vida se faça a ti.

      • Gostei!
        Já chateia esta mania dos coitadinhos preguiçosos estarem sempre à espera de milagres e/ou dos outros para resolverem os seus problemas!!

  2. Ministra INCOMPETENTE !!
    Dois dias antes, já sabia que iria ser exonerada, e já sabia que o estado ia comprar 54% do Siresp.
    A sua medida foi gratuita e idiota.

  3. Só pecou por não se entregar ela também para que assentasse o traseiro no banco dos réus para ver se nós conseguíamos saber quantos e quem foram os culpados a chular à nossa conta.

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