Dirigentes do PSD, Iniciativa Liberal e CDS estão a ponderar uma aliança pré-eleitoral para as próximas legislativas, visando criar uma frente centro-direita robusta contra o PS e isolar o Chega.
Com a aproximação das eleições legislativas, a ideia de uma coligação ganha força, embora a IL mantenha a intenção de apresentar listas próprias e o CDS prepare-se para concorrer sozinho.
Ainda assim, segundo dirigentes social-democratas e centristas ouvidos pelo jornal Público, a possibilidade de uma aliança não está descartada.
Em entrevista recente à CNN, o líder do PSD, Luís Montenegro, deixou aberta a hipótese de coligações, realçando a importância de uma união centro-direita moderada que possa enfrentar o PS e afastar-se do Chega.
Esta estratégia seria crucial para potenciar o voto útil no PSD, sendo que alianças pré-eleitorais têm vantagens matemáticas no método de Hondt, especialmente em círculos menores.
Este método de distribuição de mandatos em função das percebtagens de votos obtidos favorece partidos maiores e tende a sub-representar partidos menores em comparação com outros métodos de representação proporcional.
Uma sondagem da Intercampus feita para o Negócios poucas horas após o anúncio da demissão de António Costa indica que o PS vai ser castigado pelos eleitores, mas o PSD não é capaz de aproveitar a queda dos socialistas.
As intenções de voto para o PS caiem mais de 7 pontos, ficando-se agora pelos 17,9%. O PSD lidera a lista, com 21,8%, mas também sofreu uma queda em relação aos 25,7% registados há um mês.
A IL também parece ter saído a perder com a crise, caindo para os 7%, menos 1,3% em relação aos 8% alcançados em outubro, enquanto o CDS sobe de 1,6% para 2% nas intenções de voto.
Os resultados revelam ainda que o número de eleitores indecisos mais do que duplicou face à sondagem de outubro (de 7,7% para 19,1%), no que parece ser um indício de que muitos dos eleitores do PS estão agora indecisos.
O PSD mantém para já a posição oficial de que se vai apresentar sozinho ao acto eleitoral marcado para 10 de março pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão de António Costa, mas há abertura para conversações com o CDS e a IL.
Segundo o Público, a direção de Montenegro não tomou ainda qualquer posição oficial. Por outro lado, Rui Rocha, da IL, e Nuno Melo, do CDS, mantêm-se cautelosos quanto a um acordo pré-eleitoral, estando para já abertos apenas a discussões pós-eleitorais.
No CDS, há quem veja benefícios numa coligação que represente um “fenómeno político novo”, refletindo uma mensagem unificada do centro-direita.
As decisões finais sobre alianças serão cruciais na preparação para as eleições, com reuniões internas agendadas para os próximos dias em cada partido.
PSD e CDS foram Governo , não temos a memoria curta ! ….Contra promessas “Docinhas” já nós estamos “Vacinados” !
Fazem mal… Para mim, Chega!