O PS sofre uma grande quebra, mas o PSD é incapaz de capitalizar no tombo dos socialistas. IL e CDU também descem, Chega e Bloco de Esquerda sobem.
Uma sondagem da Intercampus feita para o Jornal de Negócios poucas horas após o anúncio da demissão de António Costa indica que o PS vai ser castigado pelos eleitores, mas o PSD não é capaz de aproveitar a queda dos socialistas.
Os resultados revelam ainda que o número de eleitores indecisos mais do que duplicou face à sondagem de outubro (de 7,7% para 19,1%), com a Intercampus a consideram que muitos dos eleitores do PS estão agora indecisos.
As intenções de voto para o PS caiem mais de 7 pontos, ficando-se agora pelos 17,9%. O PSD lidera a lista, com 21,8%, mas também sofreu uma queda em relação aos 25,7% registados há um mês.
A Iniciativa Liberal também parece ter saído a perder com a crise, caindo para os 7%, menos 1,3% em relação aos 8% alcançados em outubro. A CDU também sofre uma ligeira queda, passando de 4,1% para 3,2%. Os ambientalistas do PAN caem também de 3,2% para 2,3%.
Entre os partidos que ganham com a crise, o Chega consolida-se como terceira força política, chegando aos 13%, mais 1,3% do que os 11,7% anteriores. Já o Bloco de Esquerda também sai a ganhar, subindo de 6,7% para 7,9% e ultrapassando a Iniciativa Liberal como o quarto partido mais votado.
O Livre também cresce de 1,4% para 2,7%, assim como o CDS, que sobre de 1,6% para 2% nas intenções de voto.
Resultados da sondagem por ordem
- PSD: 21,8%
- PS: 17,9%
- Chega: 13%
- Bloco de Esquerda: 7,9%
- Iniciativa Liberal: 7%
- CDU: 3,2%
- Livre: 2,7%
- PAN: 2,3%
- CDS: 2%
- Indecisos: 19,1%
Em declarações ao Público, António Salvador, director-geral da Intercampus, antecipa que “não se vai voltar a repetir” a transferência de votos da esquerda para o PS e “parece óbvio que o PS, comparativamente com as últimas legislativas, irá descer com algum significado”.
Um factor que pode mudar as contas para o PS é quem será o seu novo líder. Na última sondagem do ICS/ISCTE para a SIC e o Expresso, relativa a Setembro e Outubro, Mariana Mortágua afirma-se como a líder partidária mais popular (3,8 em 10). Segue-se Luís Montenegro do PSD (3,6), Rui Tavares do Livre (3,1), André Ventura do Chega e Paulo Raimundo do PCP (ambos com 2,9), Rui Rocha da IL (2,8) e Nuno Melo do CDS e Inês Sousa Real do PAN (ambos com 2,7).
Pedro Magalhães, coordenador das sondagens do ICS/ISCTE, prevê que “muito vai depender do processo de sucessão de António Costa”, já que o voto dos portugueses é “muito influenciado pelas opiniões que formam sobre os líderes”.
BE cresce? Está tudo maluco….
O ps vai ter muiyo mais de 17,9 % , pelo menos 25 % isso é certo, nunca na vida o bloco da canhota vai ter 7,9 %, não passa dos 4,5 ou 5% no máximo!!! Psd e ps vão ficar praticamente empatados nos 25/26%
Como sempre as Sondagens servem o interesse de quem as encomenda Ora Quem as encomendou deste vez ??
Chega entre 11 e 13 % é plausível, IL entre 6 e 9 , por aí, Pan, Livre não irão além dos 1,5 ou 2 no máximo, pcp desce a pique aí para os 3 ou 3,5 %. Cds pode eleger alguém…