O Governo dos EUA está a investigar vários incidentes em Viena, na Áustria, que envolvem os seus diplomatas e outros funcionários administrativos.
Só este ano, mais de 20 funcionários relataram sintomas semelhantes à “Síndrome de Havana”, uma doença cerebral misteriosa que afetou diplomatas norte-americanos em Cuba e na China em 2016 e 2017.
Agora, os mais recentes casos são registado em Viena, noticia a BBC.
Os casos mais recentes, registados na capital austríaca, Viena, foram divulgados, na sexta-feira passada, pela revista New Yorker e agora confirmados pelo Departamento de Estado dos EUA, que disse estar “a investigar vigorosamente”.
Viena é um centro de atividades diplomáticas e é conhecida por ser um centro de espionagem, principalmente durante a Guerra Fria.
A cidade está atualmente a hospedar negociações indiretas entre o Irão e os EUA para tentar “ressuscitar” o acordo nuclear de 2015.
No entanto, a cidade europeia não é a única a reportar estes casos, já que também foram relatados noutras partes do mundo. Porém, as autoridades norte-americanas garantem que os números em Viena são maiores do que em qualquer outra cidade além de Havana.
Por norma, as vítimas da Síndrome de Havana relatam um conjunto variado de sintomas e sensações físicas, incluindo vertigem repentina, náusea, pressão e dores de cabeça, às vezes acompanhadas por um “ruído direcional penetrante”. Em alguns casos, descrevem serem capazes de “entrar” e “sair” dessas sensações ao mover fisicamente o corpo.
Algumas vítimas foram diagnosticados com lesões cerebrais traumáticas e continuam a sofrer de dores de cabeça debilitantes e outros problemas de saúde.
Em 2019, um realizado nos Estados Unidos encontrou “anormalidades cerebrais” nos diplomatas que adoeceram em Cuba, mas o país rejeitou as conclusões do relatório.