Cientistas norte-americanos não encontram justificação para a síndrome de Havana — que pode ter origem na energia dirigida

FDBK / wikimedia

Embaixada da Rússia em Havana, Cuba

Legisladores norte-americanos já fizeram saber que qualquer ataque deliberado ao pessoal dos Estados Unidos seria recebido com uma resposta firme.

As autoridades norte-americanas comprometeram-se a investigar todos os casos da chamada Síndrome de Havana apontados por funcionários dos EUA em Cuba e noutros territórios que os meios de comunicação do país apontam como sendo da esfera comunista. No entanto, as diligências não resultaram em conclusões claras sobre o que poderá estar na origem das queixas ou até quem será o autor das perturbações com consequências a nível cerebral.

Ainda assim, a CIA anunciou na semana passada que considera pouco provável que que a Rússia ou outro adversário externo seja o responsável por uma campanha com o objetivo de atacar os cidadãos norte-americanos com emissores de energia. Na maioria dos casos, os médicos e peritos conseguiram atribuir as queixas a outras fontes, ainda assim, continua a existir um subconjunto menor de algumas dezenas de casos que os peritos admitem terem sido causados pelo uso deliberado de energia.

Este é um assunto sensível para os agentes diplomáticos e científicos norte-americanos. Da parte dos legisladores, já fizeram saber que qualquer ataque deliberado ao pessoal dos Estados Unidos seria recebido com uma resposta firme e que todas as doenças relatadas por parte dos funcionários estavam a ser consideradas com a devida atenção.

A incerteza sobre a causa das doenças aumentou a fricção entre os funcionários e os que sofrem de sintomas. Os fatores psicológicos por si só não podem explicar as características apresentadas pelas pessoas nesse menor número de casos, afirmaram os funcionários, que informaram hoje os repórteres, sob a condição de anonimato e regras básicas estabelecidas pelo Gabinete do Diretor dos Serviços Secretos Nacionais.

A utilização de energia eletromagnética pulsada “explica plausivelmente” essas características, tal como a utilização de ondas de ultrassons a curta distância, disseram os funcionários. Os peritos até agora não identificaram um dispositivo específico que pudesse ter sido utilizado para visar o pessoal americano no terreno.

Os funcionários que informaram esta quarta-feira os repórteres disseram que existiam lacunas significativas naquilo que o governo sabe. Entre as recomendações que o painel fez está a uniformização da informação recolhida nas agências dos Estados Unidos e a criação de novos marcadores para identificar e cuidar o que o governo chama de “incidentes de saúde anómalos“.

Os Estados Unidos estão também à procura de formas de proteger os agentes e prevenir casos futuros. Embora os funcionários que informaram os repórteres não especificassem que medidas de proteção recomendaram, instaram qualquer funcionário que acredite ter sido afetado a apresentar-se imediatamente.

“Embora não disponhamos do mecanismo específico para cada caso, o que sabemos é que, quando a situação é reportada rapidamente e os cuidados médicos dados rapidamente, a maioria das pessoas está a ficar boa“, disse um funcionário.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.