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DGS deixa dez recomendações para o Natal (e diz que país está pronto para vacinar ainda em 2020)

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Rodrigo Antunes / Lusa

O subdiretor-geral de Saúde, Rui Portugal

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou, esta terça-feira, que as reuniões familiares sejam reduzidas durante as celebrações do Natal e que se limitem, preferencialmente, ao agregado familiar.

Durante a conferência de imprensa de atualização dos números da pandemia de covid-19, o subdiretor-geral da DGS, Rui Portugal, aproveitou para deixar uma mensagem aos portugueses com 10 recomendações para o Natal.

Segundo a rádio TSF, em primeiro lugar, o responsável pediu para que sejam cumpridas as regras em vigor nesta quadra natalícia, nomeadamente em termos de mobilidade e ajuntamentos.

Nas noites de 24 e 25 de dezembro, recorde-se, será proibido circular na via pública a partir das 02h00 nos concelhos de risco elevado, muito elevado e extremo de transmissão pelo novo coronavírus. No dia 26, um sábado, a proibição de circulação na via pública nos concelhos de risco muito elevado e extremamente elevado inicia-se às 23h00.

De seguida, Rui Portugal recordou que alguém doente ou com sintomas deve cumprir as regras estipuladas pelas autoridades de saúde, ou seja, manter-se isolado e afastado de todos os outros. No entanto, o responsável observou que “afastamento físico não significa afastamento familiar”, cita o Jornal de Notícias.

Em terceiro lugar, o subdiretor-geral da DGS pediu para que se reduzam os contactos antes e durante a quadra festiva, ou seja, socializar com o menor número de pessoas possível. “Em vez do grupo normal de contactos de 10 ou 15 pessoas, passar a ter, durante esta temporada, contactos com apenas quatro ou cinco pessoas, além do agregado”, cita o jornal Público.

Além disso, o responsável deixou claro que, em todos estes contactos, deve ser reduzido o tempo de exposição. “Em vez de estarmos juntos três ou quatro ou cinco horas, vamos tentar estar juntos e presentes mas num tempo mais limitado de uma, duas ou três horas e optando por usar os espaços exteriores”, explicou.

Embora seja apenas uma recomendação, Rui Portugal diz ainda que, “preferencialmente, devemos limitar todas as celebrações e os contactos nesta quadra festiva ao agregado familiar com quem se habita“.

Caso isto não aconteça, e os portugueses queiram mesmo contactar outros familiares, o responsável sugere que o façam “por meios digitais, computador ou telemóvel, por visitas rápidas no quintal de uns e de outros, ou no patamar das escadas do prédio”.

Durante as celebrações, é importante manter o distanciamento físico em todas as ocasiões (um metro e meio a dois metros é o ideal), nomeadamente no momento da confeção das refeições, e evitar os cumprimentos tradicionais (abraços, beijos e cumprimentos de mão).

“As cozinhas nesta altura serão locais de alto risco (…) e o distanciamento físico dever-se-á sempre considerar de 1,5 metros a dois metros, mesmo que seja entre familiares, desde que não coabitantes”.

O subdiretor-geral recorda ainda que é importante arejar os espaços e desinfetar não só as superfícies, mas também objetos de maior partilha. Também não nos podemos esquecer de lavar e desinfetar as mãos frequentemente, usar máscara de forma adequada e manter a etiqueta respiratória.

Se as celebrações do Natal forem feitas na companhia de outros familiares, deve ser evitada a partilha de objetos e considerar “uma utilização moderada e racional de tudo o que possam ser substâncias que possam trazer maiores afetividades”.

Plano de vacinação pode arrancar ainda em 2020

Na mesma conferência de imprensa, a propósito da antecipação da decisão da Agência Europeia do Medicamento sobre a vacina da Pfizer-BioNTech para 21 de dezembro, Rui Portugal assegurou que o plano de vacinação “é adaptável às circunstâncias”.

“Se esse facto acontecer, estaremos a pensar numa antecipação de oito dias em relação à vacinação e todo o esforço deve ser feito para que todas as questões logísticas sejam antecipadas em oito dias“, disse.

O subdiretor-geral da Saúde considerou ainda ser “muito bom” o cenário de uma “antecipação que não traga maior risco em termos de segurança dessa mesma vacina”, sob a garantia do cumprimento “escrupuloso” das normas europeias.

Rui Portugal alertou que a vacina não vai ditar o levantamento imediato das regras de prevenção contra a propagação do SARS-CoV-2 e que as pessoas devem ter consciência de que terão de manter comportamentos mais cuidadosos.

“A vacinação não vai substituir as medidas de controlo não farmacológicas. Vamos ter de continuar durante um determinado tempo, que pode ser mais ou menos longo, a ter as atitudes corretas relativamente às proteções individuais e coletivas. E não vamos ter vacinações com eficácia de 100%”, afirmou, admitindo que a imunização em relação à doença pode não significar o mesmo efeito sobre a transmissibilidade do vírus.

Sobre a vacinação nos centros de saúde e as dúvidas sobre a acessibilidade de pessoas não inscritas nestas unidades e que pertençam aos grupos considerados prioritários, Rui Portugal esclareceu que “os médicos assistentes podem e devem identificar essas pessoas” e integrá-las em função do risco e do grupo prioritário, consoante a sua eventual atualização ao longo das diferentes fases do plano, e citou o papel das unidades de cuidados nas comunidades.

“Sabem identificar as oportunidades, as formas de melhor lá chegar e os reforços que eventualmente sejam necessários. Não estou preocupado relativamente a essas questões”, frisou, apontando o foco ao processo de distribuição: “Estamos preocupados com outras questões que tenham a ver com a logística para que a distribuição seja a tempo e horas”.

ZAP // Lusa

18 Comments

  1. Vocês são uns idiotas sem cérebro que criam medidas estúpidas e sem fundamento.
    Lá no fundo, querem a porcaria dos centros comerciais a faturar, porque o vosso amado cofre está com anorexia.
    Vão comer pevides, e enterrem a vossa cabeça num buraco fundo!!

    • Siga, mulher! Escreveria exatamente a mesma coisa.
      Querem tudo a funcionar, mas vão morrendo pessoas, e estes papagaios comunistas só acordam quando já é demasiado tarde! Apesar de tudo isso, o essencial fez-se: livrar os cofres do Estado de uma anorexia descomunal. 😉

      Que grande vergonha/deceção!

      • Falaram os cientistas conceituados de alto gabarito com cérebro e super inteligentes Andreia Gomes e Uruguai Português!

  2. Não!

    Portugal não está pronto para vacinar as pessoas (nem todas querem), porque estes governantes-pulhas (mais as lentas da DGS) não sabem se as vacinas vão chegar no dia “X”, ou no dia “Y”, ou no dia dos raios que partam estas confusões irrefletidas…!

  3. Penso que faltou a principal recomendação para este período: as famílias podem reunir-se mas devem realizar as suas refeições integralmente de máscara.

  4. O medo ridículo destes governantes é hilariante, mas vou dar mais umas sugestões para acrescentarem às ridículas recomendações:

    Aos casais, na hora de se deitarem, devem usar ambos máscara e cumprir o distanciamento social, um em cada ponta da cama, mas sem caírem. Além disso devem abrir as janelas e portas dos quartos para arejarem bem o local. Se entrar neve aguça o espírito do Natal

    Em alternativa, para evitarem andar sempre a lavar as mãos, podem utilizar as banheiras para fazerem desinfecção por imersão, com muito detergente e lixívia desinfectante, dormindo assim livres de qualquer contaminação por SARS-CoV-2, a segurança primeiro. Cada um deve ter a sua própria banheira, distanciada convenientemente conforme o protocolo social, dois metros entre banheiras.

    Tenham paciência, tanta mariquice e não resolvem nada, se os confinamentos resultassem o vírus já teria desaparecido há muito tempo, é só maldade que estão a fazer às pessoas e à economia.
    Quando esta pandemia acabar, se um dia acabar, entramos noutra bem pior, a pandemia da fome e do desespero pela sobrevivência.
    Estou cansado de ouvir esses iluminados sugerirem soluções que não solucionam nada.

  5. ZAP… o “já, no título da notícia, está errado.
    Deveriam utilizar a expressão temporal “ainda”, visto que estamos no fim de 2020, e não no início. O “já” leva a querer que voltámos a 2019, e que ainda não chegámos a 2020.

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