
Gideon Pillow, general da Guerra Civil Americana
Atacavam oponentes de forma precipitada e indiscriminada. Estes foram alguns dos piores estrategas que alguma vez comandaram tropas — em guerras desastrosas.
Muito se fala de napoleão, mas pouco destaque se dá aos que, do outro lado da barricada, deram o corpo a uma causa — para a qual não tinham talento algum.
Na Roma Antiga foram vários os que desafiaram as mais básicas leis de estratégia. A criatividade saiu furada a estes generais, que provocaram grandes falhanços bélicos.
Quintus Servilius Caepio
O procônsul da Roma Antiga Quintus Servilius Caepio era um insubordinado, descreve a Britannica. Era hierarquicamente inferior a Mallius Maximus, mas sempre se recusou a obedecer-lhe e até mesmo a partilhar acampamento com o seu superior.
Decidiu, um dia, sem ordens nesse sentido, atacar precipitadamente o exército Cimbri, a 6 de outubro de 105 a.C.. O resultado? Os romanos perderam cerca de 80.000 soldados de infantaria e talvez 40.000 auxiliares e de cavalaria.
O fracasso bélico foi tão grande que Caepio — que para além de general era também um grande ladrão — foi despojado da sua cidadania romana e exilado.
Gideon Pillow
A Guerra Civil Americana, em 1865, teve uma boa dose de maus generais, mas Gideon Polliow destacou-se pela negativa. E os seus fracassos começaram logo na guerra Mexicano-Americana.
Depois de ter sido motivo de chacota ao ordenar aos seus homens que se entrincheirassem do lado errado das fortificações em Camargo, Pillow falhou o seu papel na Batalha de Cerro Gordo, levando ao fracasso na batalha.
Foi mais tarde encarregado da defesa do Forte Donelson, um ponto forte fundamental no rio Mississipi. Grant tinha cercado o forte. Depois de um ataque inicial ter feito recuar as tropas de Grant, Pillow conseguiu uma espetacular derrota ao retirar-se para o forte em vez de romper as linhas da União para Nashville.
Como se não bastasse, também era ladrão — chegou a roubar canhões.
Francisco Solano López
Este filho do ditador paraguaio Carlos Antonio López tinha muita sede de poder. Em dezembro de 1864, o Paraguai estava em guerra com o Brasil e, quando a Argentina negou um pedido para o trânsito de um exército paraguaio através do seu território, López declarou guerra a esse país também.
Foi o início da famosa Guerra da Tríplice Aliança na América do Sul. Devastador para o país, este conflito culminou na morte de cerca de 90% dos soldados paraguaios que nela participaram.
O próprio Solano López foi morto em combate, a 1 de março de 1870. Mas não antes de, possivelmente num acesso de loucura, ordenar a execução de centenas de pessoas, incluindo alguns membros da sua própria família. Um verdadeiro desastre bélico, ainda hoje recordado pelos paraguaios como uma época negra da história.