ARD tem 90 letras e quase 8 mil milhões de euros. É líder mundial de receitas

(dr) ARD

É a “RTP da Alemanha”. Um resumo da Arbeitsgemeinschaft der öffentlich-rechtlichen Rundfunkanstalten der Bundesrepublik Deutschland.

Arbeitsgemeinschaft der öffentlich-rechtlichen Rundfunkanstalten der Bundesrepublik Deutschland.

Palavras compridas em alemão. Não é novidade. Estão aqui em cima 90 letras, mas que toda a Alemanha e todo o planeta conhecem com apenas três: ARD.

A ARD, traduzindo à letra, é a Associação das Empresas Públicas de Radiodifusão da República Federal da Alemanha. É a estação pública de rádio e televisão da Alemanha. A “RTP lá do sítio”.

Na verdade, a RTP é que é a “ARD de Portugal”, se fizemos essa comparação. A empresa alemã foi criada em 1950, sete anos antes da empresa portuguesa; foi o resultado da fusão de estações regionais de radiodifusão que já existiam.

Na sua fundação, e inspirada pela BBC, um dos objectivos principais era criar uma alternativa descentralizada e democrática ao controlo mediático centralizado vivido durante o regime nazi. A II Guerra Mundial tinha acabado apenas cinco anos antes, que também foi o ano (1945) em que Adolf Hitler morreu.

Tal como acontece em Portugal, grande parte do financiamento da ARD vem da taxa de radiodifusão – são 18,36 euros por mês, por cada habitação.

Tem diversos programas e serviços muito conhecidos, como o canal Das Erste, o telejornal Tagesschau ou os serviços ARD Mediathek e ARD Audiothek.

A ARD continua a ser uma das maiores empresas de radiodifusão pública do mundo.

E, a nível financeiro, é mesmo a líder. Há poucos dias, um estudo do Instituto de Política de Media e Comunicação anunciou os 12 sistemas de radiodifusão pública com maiores receitas.

Com dados de 2023, o primeiro lugar vai para a ARD, com 7,7 mil milhões de euros. A BBC teve 6,6 mil milhões de euros e a NHK (Japão) completa o pódio com 4,2 mil milhões de euros.

A lista completa-se com empresas de rádio e televisão de França, Roménia, Suíça, Espanha, Áustria, Austrália, EUA e Dinamarca. A RTP não está nas 12 primeiras.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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