O último navio de cruzeiro que a pandemia “prendeu” no mar chegou finalmente a casa

Trondheim Havn / Wikimedia

O navio de cruzeiro Artania chegou a Bremerhaven, na Alemanha, esta segunda-feira, com oito passageiros e 75 tripulantes a bordo. É o último navio de cruzeiro “preso” no mar pela pandemia a chegar a casa. 

O navio de cruzeiro Artania estava a fazer uma viagem de 161 dias à volta do mundo quando surgiu a pandemia de covid-19. O vírus obrigou ao cancelamento da viagem em meados de março, quando o navio se encontrava na Austrália.

De acordo com o semanário Expresso, a chegada a Bremerhaven ocorre mais de dois meses depois de os últimos grandes navios de cruzeiros – Costa Deliziosa, MSC Magnifica e Pacific Princess -, com um número significativo de passageiros, terem interrompido as suas viagem por causa da pandemia.

O Artania, construído em 1984, zarpou no dia 21 de dezembro de Hamburgo, na Alemanha, com mais de 1000 passageiros e 537 tripulantes.

Em março, chegou a Fremantle, na Austrália, com passageiros infetados. As autoridades acreditam que um dos passageiros que tinha embarcado em Sydney levou o vírus para bordo.

Após verificação das autoridades de saúde australianas, foi diagnosticada covid-19 a 89 passageiros. Os infetados foram colocados em quarentena nos hospitais locais. Três pessoas que estavam a bordo morreram – dois passageiros do sexo masculino, um com 69 anos e outro com 71, e um tripulante, de 42 anos.

Os passageiros e tripulantes saudáveis ​permaneceram em quarentena a bordo do Artania até terem voos de repatriamento para Frankfurt, nos dias 28, 29 e 30 de março. Nesses dias, 844 pessoas foram transportadas para a Alemanha em quatro voos fretados.

O Artania ficou em quarentena durante 14 dias até receber permissão para voltar à Alemanha. A 18 de abril, deixou a Austrália e fez escala em Bali e em Manila para repatriar tripulantes. Apenas 75 membros da tripulação ficaram a bordo para garantir o funcionamento do navio até Bremerhaven.

Oito passageiros decidiram voltar para casa por via marítima por motivos de saúde. Estes são os últimos passageiros do mundo a desembarcar de um navio de cruzeiro desde que a pandemia os prendeu no meio do mar.