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Costa sem “medo de nada” avisa que não meteu os papéis para a reforma

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António Cotrim / Lusa

O secretário-geral do PS, António Costa

“O PS não tem medo de nada”, mas não se atreve a pedir a maioria absoluta para as próximas eleições legislativas. Palavras de António Costa, num carro em andamento, em entrevista à RTP1, antes de prometer medidas para fazer regressar os emigrantes e mais limites para os contratos a termo no discurso de encerramento do 22.º Congresso do PS.

A RTP1 levou António Costa até à ExpoSalão da Batalha, numa entrevista num carro em andamento, onde o primeiro-ministro assegurou que “o PS não tem medo de nada“. Apesar disso, Costa não se atreve a pedir a maioria absoluta nas próximas legislativas.

“Não temos a ilusão de que são os políticos e aquilo que os políticos fazem que determina o resultado das eleições”, salientou Costa nesta entrevista à RTP. Mas é certo que o PS tem o “desejo de ganhar” e de “ter o melhor resultado eleitoral possível“, como todos os partidos, frisa o líder socialista.

Costa abordou ainda a polémica em torno do ministro-adjunto Pedro Siza Vieira, salientando que não vê problemas na sua continuidade no cargo. “O lapso só foi detectado porque ele próprio o comunicou ao Tribunal Constitucional”, frisa, concluindo que “não teve qualquer consequência”, já que a empresa familiar a que pertenceu “não teve qualquer actividade” e que ele “não praticou qualquer acto de gestão”.

“Aviso já que não meti os papéis para a reforma”

No discurso de encerramento do 22.º Congresso Nacional do PS, António Costa dirigiu-se, essencialmente, aos jovens, anunciando várias medidas para o próximo Orçamento de Estado, e deixou um alerta à concorrência interna.

“Aviso já que não meti os papéis para a reforma“, salientou o líder socialista, apontando o foco para as próximas três eleições – Europeias, Madeira e Legislativas.

O secretário-geral do PS anunciou também que o Orçamento do Estado para 2019 vai ter como “uma das principais prioridades” o apoio ao regresso dos portugueses que emigraram no período de crise económico-financeira entre 2010 e 2015.

“Temos de criar condições únicas e extraordinárias para que os que partiram e pretendam voltar a Portugal tenham condições para regressar ao país”, referiu, prometendo que o Governo vai “adoptar um programa que fomente o regresso dos jovens”.

Mais limites para contratos a termo

António Costa dedicou grande parte do seu discurso de encerramento às políticas que tenciona adoptar para a inserção das gerações entre os 20 e os 30 anos no mercado de trabalho.

Assim, anunciou uma proposta para limitar os contratos a termo, sobretudo para jovens no primeiro emprego, frisando que “ser candidato a primeiro emprego não significa ser candidato a emprego precário” e que a “idade não rima com precariedade”.

Nesta fase do seu discurso, António Costa prometeu também bater-se por uma via de convergência salarial com a União Europeia e advertiu os empresários, deixando-lhes o recado de que só podem ser competitivos no futuro, em mercado aberto, se possuírem quadros qualificados.

E para terem quadros qualificados é preciso pagar“, avisou, antes de lançar um desafio aos parceiros sociais.

“Precisamos de um grande acordo de concertação social para a conciliação entre a vida profissional e familiar”, notou, referindo que precisamos de “uma nova geração com mais confiança no seu futuro e com melhores condições para constituir família”.

António Costa manifestou-se também confiante de que o seu partido poderá vencer pela primeira vez as eleições regionais da Madeira, num discurso em que elogiou os quadros da geração mais nova dos socialistas.

“Chegou a hora de termos a ambição de Governar a Região Autónoma da Madeira, provando que também ali somos capazes de uma excelente governação”, salientou, manifestando a certeza de que Paulo Cafôfo vai “ganhar as eleições em nome do PS”.

Sem apontar metas concretas para as próximas legislativas, notou que nas eleições para o Parlamento Europeu, a ambição é aumentar a dimensão do triunfo por curta margem que o PS registou no acto eleitoral de 2014, então sob a liderança de António José Seguro.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Costa está com medo do Pedro Nunes Santos que o pôs de pernas a tremer.
    O pedronunismo tem um plano para levar o PS para a extrema esquerda e para seguir a Ditadura do Proletariado. Ditador já há.

  2. Eu tenho medo deste idiota e da comandita que com ele anda.
    Se continuarem desta maneira, a fazer de conta (ou a não perceberem!) que tudo está bem atirando os problemas para de baixo do tape, mais cedo do que tarde a situação no pais ficara irremediavelmente terrível. Com problemas económico e sociais que só ao fim de algumas gerações será resolvido…

    • as pessoas que nao se deixem ir porque o que se passa e que ja nao ha dinheiro para nada , e o discursso ate as eleicoes vai ser que tudo vai bem, vai acontecer o mesmo que aconteceu ao socrates que levou o pais a banca rota

  3. Gostei muito do espetáculo. Sobretudo da enorme salva de palmas aos que honraram as funções que exerceram em Portugal para proveito próprio. E para esta seita… isso nem parece ser um problema.

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