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Costa “tem uma grande vontade” de aumentar pensões mais baixas (mas não o salário mínimo)

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Jorge Ferreira / Portugal.gov.pt

O primeiro-ministro António Costa

O primeiro-ministro António Costa

O primeiro-ministro admitiu proceder a um aumento das pensões, sobretudo as mais baixas, no Orçamento do Estado para 2017, mas salientou que o salário mínimo nacional só atingirá os 600 euros no final da legislatura.

António Costa falava aos jornalistas esta segunda-feira, durante a sua visita à Bienal de Artes de São Paulo, no Parque Ibirapuera, depois de confrontado com as exigências feitas no domingo pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, no sentido de que no próximo ano o salário mínimo suba para os 600 euros mensais e as pensões aumentem pelo menos no valor de dez euros.

O primeiro-ministro disse que “há uma partilha em torno da estratégia e do objetivo de reposição e de recuperação dos rendimentos das famílias”.

“Neste Orçamento do Estado para 2017 temos uma grande vontade de darmos um contributo para que, pelo menos as pensões mais baixas, possam ter um aumento. Chegaremos certamente a um valor que seja o possível, o mais próximo possível daquilo que é desejável para as famílias portuguesas e que nos permita ter não só um Orçamento do Estado para 2017 aprovado, mas também executado, cumprido e sem sobressaltos para a economia e para as finanças públicas”, declarou.

No caso do aumento do salário mínimo nacional, António Costa demarcou-se da proposta de aumento imediato em 2017 para os 600 euros mensais, alegando que “há uma trajetória” para se chegar a esse valor em 2019.

“O que está previsto é chegar-se aos 600 euros no final da legislatura“, acentuou o primeiro-ministro.

Interrogado sobre o facto de as confederações patronais contestarem o aumento do salário mínimo para 557 euros em 2017, tal como está previsto pelo seu executivo, o líder do executivo alegou que “todos os processos negociais” conhecem essas divergências de partida.

“Mas, felizmente, no ano passado foi possível chegar-se a um acordo”, respondeu.

ZAP / Lusa

3 Comments

  1. Cá está o tal título enganador e subjectivo que o Zap nos habituou. Lendo o artigo, não há em lado algum “Costa “tem uma grande vontade” (…)”. São as tais interpretações para chamar leitores. Grande trabalho, Zap, só que não é de jornalismo sério. Enfim…

  2. Esta maltinha será que não se enxerga???
    Não são os que estão aposentados que precisam de aumentos! São sim os quase 40% de jovens desempregados que têm de ficar no país com emprego e condições.
    Se houvesse justiça, não existiam pensões acima dos 2.500€, nem a treta das subvenções!
    Além de que, quem já está reformado não poderia, de forma alguma, auferir de mais parte nenhuma, subsídio de “férias”!!!
    AINDA NÃO CAPTARAM ISTO, CAMBADA?????

    • Calma general!
      A sociedade é composta por todos, novos, menos novos e idosos. O problema é que, os idosos, na maioria, têm reformas de trampa e, por isso mesmo, têm necessidade de trabalhar além da reforma. Continuam assim a “alimentar” com descontos a sua própria reforma. Só seria possivel se os jovens auferissem salarios decentes e, com as contribuições resultantes daí, o nível de pensões fosse melhorado. Mas aos patroes não lhes interessa aumentar salarios. Alguns ainda recorrem a expedientes como os “estágios” , autentica vergonha. Este tipo de patroes, para mim, são corrosivos do tecido empresarial, limitando-se a ser sanguessugas e parasitas do Estado. É incrivel ser o Estado a subsidiar uma empresa privada. Absurdo!
      Quanto ao resto, acho que sim, deviam acabar com muita chulice, as subvenções como referiu e bem, limitar o tecto maximo de reforma, embora concordasse com um valor um pouco mais alto, e tantas outras coisas que se impunham fazer para haver uma melhor distribuição de recursos.

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