O líder do PS, António Costa, afirmou hoje que o partido vai remeter para o Ministério Público (MP) o caso dos alegados contribuintes VIP, por considerar que “há fortes indícios de práticas criminais”.
“O PS já pediu uma certidão das declarações que esta sexta-feira foram prestadas na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública, de forma a serem remetidas ao MP para a competente investigação, já que há fortes indícios de práticas criminais relativamente a esta matéria”, referiu.
Em causa a alegada lista VIP do fisco que permitiria identificar os funcionários da Autoridade Tributária e Aduaneira que acedessem a determinados cadastros fiscais, através de um sistema proativo de controlo interno.
António Costa, que falava no Gerês, Terras de Bouro, à margem de uma plantação de carvalhos, sublinhou que é necessário “devolver confiança aos cidadãos” sobre o funcionamento da administração fiscal.
“Temos de ter um sistema fiscal justo, e não de tratamento VIP para uns e de intransigência sobre os outros”, defendeu.
O líder do PS disse que a economia e as famílias estão “esmagadas” pela pressão fiscal, fruto da “total insensibilidade“, traduzida, por exemplo, na recusa da manutenção da cláusula de salvaguarda do IMI, que resultou num “aumento brutal” daquele imposto.
Apontou ainda a mesma “insensibilidade” do Governo na recusa da suspensão das penhoras das casas de moradas de família e na não redução do IVA para a restauração.
“Ao mesmo tempo que tudo isto acontece, a pressão sobre famílias e sobre setores económicos, há a criação destes mecanismos VIP, como se as famílias e os setores da restauração não fossem VIP, criticou.
/Lusa
‘Fortes indícios criminais…’ Má tentativa de combate a direccionado voyeurismo, sendo para alguns o que deve ser para todos e cada um que até pode residir na fracção ao lado do mesmo piso!
Mas, no panorama actual, há quem não descole a boca do trombone… “o combate à fuga… não se faz com penhoras”. ii ??
Caro Viés, é imprescindível que o felicite por verificar:
1) O quanto é regenerador perceber que as nossas utopias preocupadas não são afinal um apanágio exclusivo, cabendo os mesmíssimos predicados a vários outros interessados em chamar os bois pelos nomes – independentemente das fórmulas preconizadas ou das perspectivas originárias.
2) O quanto é simultaneamente deprimente verificar que apenas uma mão cheia de voluntariosos e desassossegados se deixe contaminar pela premência em associar-se a este tipo de tertúlia, sendo este pequeno cosmos uma amostra da generalidade da nossa sociedade. E, para quem esteja menos atento, faço questão de sublinhar que “deprimente” é mero eufemismo
Encontrado na cor e na ferramenta o género, diria, sua arejada sem eufemismos