Cortes de eletricidade e água em Kharkiv. Ucranianos mantêm ofensiva e aproximam-se da fronteira russa

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Sergey Kozlov / EPA

Cortes no abastecimento de água e energia atingiram várias áreas da região nordeste da Ucrânia de Kharkiv ao final do dia de domingo. O governador da região, Olegh Synehubov, responsabiliza os russos por ataques a infraestruturas críticas.

“Os ocupantes [russos] atingiram infraestruturas críticas na cidade e região de Kharkiv”, escreveu no Telegram. “Em vários centros populacionais, não há abastecimento elétrico ou de água. Incêndios deflagraram onde estas falhas ocorreram e as equipas de emergência estão a conter as chamas”.

Também o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, culpou a Rússia pelos cortes de energia que afetaram o leste do país no domingo e acusou Moscovo de ter atingido deliberadamente as infraestruturas civis.

“Um corte total de energia nas regiões de Kharkiv e Donetsk, um corte parcial nas regiões de Zaporíjia, Dnipropetrovsk e Sumi”, escreveu Zelenskyy no Twitter, salientando que “nenhuma instalação militar” foi atingida. “O objetivo é privar as pessoas da luz e do aquecimento”, garantiu.

Pouco antes desta mensagem, as autoridades locais relataram o bombardeamento russo de infraestruturas estratégicas que levaram a cortes de energia em grandes áreas da Ucrânia oriental, onde Kiev lançou uma contra-ofensiva que conseguiu furar as linhas russas.

Zelenskyy agradece aos ucranianos

Zelenskyy agradeceu no domingo à população pela defesa do país e quando a invasão russa completou 200 dias, ainda sem perspetivas de uma solução para o conflito. “Nestes 200 dias conseguimos muito, mas o mais importante, o mais complicado, está para chegar”, afirmou na sua mensagem diária ao país.

O líder ucraniano elogiou a ação do exército ucraniano, dos “combatentes que heroicamente contiveram o inimigo” e dedicou o discurso “a todos os que estiveram valentemente de pé durante 200 dias, sendo o motivo exato para que a Ucrânia esteja de pé”.

“Acreditamos em vós, aos que estão a fazer o seu trabalho, a arriscar a sua vida, defendendo o seu país durante todos estes 200 dias, a – 15 graus centígrados, a + 35 graus centígrados, às 02:00 ou às 06:00, numa qualquer segunda-feira ou no Dia da Independência, apesar do cansaço, da tensão e do perigo”, assinalou.

O Presidente ucraniano agradeceu individualmente às tropas terrestres pelo seu “valente e desinteressado trabalho”, um trabalho “duro”, à Força Aérea, que felicitou por “repelir com êxito o inimigo” na região de Donetsk, e às forças navais ao recordar os seus “êxitos”.

Zelenskyy expressou ainda satisfação pelas suas tropas, as que “escrevem a história da independência, a história da vitória, a história da Ucrânia”.

A Ucrânia reivindicou um dos seus principais êxitos desde o início da guerra, quando no sábado o Ministério da Defesa anunciou que as suas tropas estavam a registar importantes avanços na região de Kharkiv.

Nas últimas 24 horas, as forças ucranianas terão forçado a Rússia a abandonar 20 cidades e aldeias, disse o Estado-Maior ucraniano no Facebook, onde destacou que as forças russas estão a fugir para as zonas ocupadas do Donbass ou mesmo de volta para a Rússia.

“A libertação dos assentamentos dos invasores russos nas regiões de Kharkiv e Donetsk continua. Como reportado previamente, durante o recuo, as tropas russas rapidamente abandonaram as suas posições e fugiram para os territórios temporariamente ocupados ou para a Federação Russa. Esta tendência persiste”, referiu o responsável.

“Em geral, no último dia, as forças da defesa conseguiram expulsar o inimigo de mais de 20 assentamentos”, continuou.

Na manhã desta segunda-feira, o Ministério da Defesa britânico destacou que os avanços da Ucrânia terão, provavelmente, obrigado a Rússia a ordenar a retirada das tropas da zona ocupada de Kharkiv. O mesmo relatório disse que território recuperado pela Ucrânia corresponderá, pelo menos, ao dobro do tamanho da região de Londres.

A sul, perto de Kherson, as tropas russas estão a enfrentar dificuldades na travessia do rio Dnipro. Artilharia de longo alcance das forças ucranianas estará provavelmente a atingir as travessias deste rio tão frequentemente que a Rússia não consegue reparar estragos provocados nas pontes terrestres construídas pelas forças russas.

O Ministério da Defesa britânico falou em “rápidos sucessos ucranianos”, com “implicações significativas” na operação russa.

Contudo, segundo Kirill Stremousov, vice-presidente da administração militar civil de Kherson, nomeado pelo Kremlin, Kherson “é e será uma cidade russa”.

“Kherson é e será uma cidade russa. Ninguém vai entregar a cidade, muito menos recuar”, escreveu no Telegram, citado pelo Guardian. “Ao longo de todo o perímetro da região de Kherson, o Ministério da Defesa da Federação Russa construiu linhas de defesa e nada ameaça a cidade e a região de Kherson”, indicou.

Sobre a região de Kharkiv, reconheceu que muitas das forças russas estão “perdidas”, mas que “o tempo colocará tudo no seu devido lugar”. Já na cidade de Kherson “tudo está calmo e não há pânico”, reforçou.

ZAP //

1 Comment

  1. Para onde estamos indo agora? O profeta Daniel escreve: “No tempo designado [o rei do norte] voltará [as tropas russas voltarão para onde estavam anteriormente estacionadas. Isto também significa ação militar, grande crise, desintegração da União Europeia e da NATO. Muitos países do antigo bloco de Leste voltará à esfera de influência russa]. E entrará no sul [este será o início de uma guerra nuclear], mas não serão como antes ou como mais tarde [estas ações militares não conduzirão a uma guerra nuclear global. Esta guerra só começará após o retorno do rei do norte, e por causa do conflito étnico], porque os habitantes das costas de Quitim [o distante Ocidente, ou para ser mais preciso, os americanos] virão contra ele, e (ele) se quebrará [mentalmente], e voltará atrás”. (Daniel 11:29, 30a) Desta vez será uma guerra mundial, não só pelo nome. A “poderosa espada” também será usada. (Apocalipse 6:4) Jesus o caracterizou assim: “coisas atemorizantes [φοβητρα] tanto [τε] quanto [και] extraordinárias [σημεια] do [απ] céu [ουρανου], poderosos [μεγαλα] serão [εσται].” É precisamente por causa disso haverá tremores significativos ao longo de todo o comprimento e largura das regiões [estrategicamente importantes], e fomes e pestes.
    Muitos dos manuscritos contém as palavras “e geadas” [και χειμωνες].
    A Peshitta Aramaica: “וסתוא רורבא נהוון” – “e haverá grandes geadas”. Nós chamamos isso hoje de “inverno nuclear”. (Lucas 21:11)
    Em Marcos 13:8 também há palavras de Jesus: “e desordens” [και ταραχαι].
    A Peshitta Aramaica: “ושגושיא” – “e confusão” (sobre o estado da ordem pública).
    Este sinal extremamente detalhado se encaixa em apenas uma guerra.
    Mas todas essas coisas serão apenas como as primeiras dores de um parto. (Mateus 24:8)
    Este será um sinal de que o “dia do Senhor” (o período de julgamento) realmente começou. (Apocalipse 1:10; 2 Tessalonicenses 2:2)

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