A Ucrânia deu a entender que estava a preparar uma contra-ofensiva no sul do país, mas acabou por atacar o noroeste, apanhado os russos desprevenidos.
A contra-ofensiva da Ucrânia tem apanhado as forças russas desprevenidas e os militares estão, aos poucos, a reconquistar vários territórios estratégicos que caíram para os russos.
Um dos objectivos principais era retomar Kharkiv, a segunda maior cidade do país. O The Guardian relata que um dos trunfos usados foi uma campanha de desinformação, com a difusão de notícias falsas através dos órgãos de comunicação social mundiais que enganaram os soldados russos.
Nas últimas semanas, os media noticiaram os planos de Kiev para uma ofensiva no sul da Ucrânia, mas isso não passou de uma estratégia para distrair a Rússia da verdadeira contra-ofensiva que estava a ser preparada na região de Kharkiv, avançam as autoridades ucranianas.
Até agora, o plano de Kiev está a resultar. As forças ucranianas continuam a fazer grandes avanços no noroeste do país, tendo já reconquistado mais de um terço da região de Kharkiv em apenas três dias. O próprio Ministério da Defesa da Rússia já confirmou a perda de grande parte dos territórios nesta zona, dizendo que as tropas se estão a reagrupar.
“Foi uma grande operação especial de desinformação. A Rússia pensava que seria no sul e moveu o seu equipamento. Depois, em vez de atacarmos o sul, a ofensiva aconteceu onde ele menos esperavam, isso fê-los entrar em pânico e fugir“, explica Taras Berezovets, porta-voz da brigada Bohun das forças especiais ucranianas.
Nas últimas duas semanas, a Ucrânia recuperou algumas pequenas vilas no sul do país. Os ganhos não foram extraordinários ou particularmente importantes, mas a captura destas vilas em torno de Kherson rapidamente se tornou uma grande notícia no plano internacional.
Natalia Humeniuk, a porta-voz para o comando sul da Ucrânia, tinha imposto um “regime de silêncio” e baniu temporariamente a entrada de jornalistas nesta região. Esta proibição causou um frenesim mediático e fez parte do plano para a campanha de desinformação que estava a ser preparado há vários meses.
Ucrânia diz que já recuperou 3000 km²
O Presidente da Ucrânia, Zolodymyr Zelenskyy, anunciou na sexta-feira a recuperação de mais 30 localidades em Kharkiv.
No sábado, o chefe de Estado avançou que só em Setembro o exército ucraniano já tomou 2000 quilómetros quadrados de território. Kiev avança este domingo que a quantidade de território recuperado já chega aos 3000 quilómetros quadrados.
Em comunicado, Zelenskyy refere ainda as “duas belas e fortes cidades pelo dia”, referindo-se a Lyman e Dnipro, que os russos já reconheceram ter perdido para os ucranianos.
“Lyman, na região de Donetsk, ainda espera a nossa bandeira, mas é inevitável, a Ucrânia regressa sempre”, garante Zelenskyy. “Todo o Donetsk ficará livre, seguro e feliz novamente. Haverá paz. A paz caminha com a bandeira ucraniana, com os nossos militares”, acrescenta.
O chede de Estado ucraniano aproveitou ainda a declaração para agradecer aos moradores de Dnipro. “A vossa cidade fez tanto pela defesa ucraniana desde 2014 e, agora, desde 24 de fevereiro que a história da nossa vitória é também a história de Dnipro”, afirma Zelenskyy.
“O movimento dos nossos soldados em diferentes direções na frente de combate vai continuar”, promete o Presidente, que garante que a única coisa que é agora visível dos soldados russos é “as costas”.
As forças ucranianas estão agora também a recuperar o controlo de cidades e vilas ao redor da cidade estratégica de Izium.
“A libertação de partes do território nos distritos de Kupiansk e Izium, na região de Kharkiv, está em curso”, anunciou o Estado-Maior ucraniano no 200.º dia do conflito. Kiev já havia anunciado que as suas tropas haviam entrado em Kupyansk.
A campanha de desinformação continua bem afinada nos países europeus, há que rentabilizar o dinheiro gasto na guerra!
Também dúvido que a russia iria mesmo perder territórios que comquistou.
E juízo?!
O putin devia ir para a reforma e esquecer essa ideia de querer conquistar os antigos países que faziam parte da antiga URSS. Será que ele vai querer também a parte da Alemanha comunista?