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Corte no subsídio de desemprego acaba em Janeiro

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José Sena Goulão / Lusa

A deputada Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda

O fim do corte de 10% aplicado ao subsídio de desemprego vai entrar em vigor já a partir de Janeiro de 2018 e irá abranger todos os desempregados, incluindo os que já estão a receber a prestação, anunciou o Bloco de Esquerda.

O corte de 10% aplicado ao subsídio de desemprego a partir do sétimo mês de pagamento vai desaparecer a partir de Janeiro do próximo ano. O corte, que tinha sido imposto pelo governo PSD/CDS-PP durante o período da Troika, está em vigor desde 2012 e tinha sido apresentada como “incentivo à procura activa de emprego por parte dos beneficiários”

Segundo o Jornal de Negócios, o fim do corte no subsídio foi anunciado no Parlamento por Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, que garante que a medida está fechada com o Partido Socialista. “Está acordado com o Governo“, disse a deputada bloquista em conferência de imprensa.

A medida, explicou a deputada, “alarga a eliminação do corte que tinha já sido aprovada para os desempregados que recebem uma prestação de valor inferior a um Indexante de Apoios Sociais”, ou seja, inferior a 421,32 euros.

A medida está a ser negociada entre o Governo, Bloco e PCP desde abril, altura em que o Partido Socialista chumbou uma proposta nesse sentido. Em Outubro, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, tinha já anunciado a eliminação do corte e que a medida fora aceite pelo Executivo de António Costa “mesmo sem compensação”.

Segundo o Público, a aprovação da medida foi confirmada ao início da noite desta sexta-feira pelo líder parlamentar do PS, Carlos César. Esta foi a única proposta de outros partidos que o responsável do partido confirmou que o PS irá aprovar.

ZAP //

6 Comments

  1. “incentivo à procura activa de emprego por parte dos beneficiários” – Traduzindo para Português honesto: Miserável herança da PAF que tudo fez para espezinhar os que menos tinham e reduzir a classe média à miséria e à escravatura dos grandes interesses do capital.

    Bendita a hora em que a Geringonça conseguiu maioria parlamentar! Acabou-se o culto da disparidade social e a agenda da separação feudalista dos cidadãos por castas de senhores e vassalos.

    PAF: Cortes nas pensões mais baixas, fim da insenção de taxas moderadoras e medicamentos para os deficientes profundos, cortes no subsídio de desemprego, subida do IVA da restauração para o DOBRO, etc…

    Geringonça: Subida do ordenado mínimo em 3 anos consecutivos, restituição das pensões, restituição do subsídio de desemprego, descida do IVA da restauração pra METADE, isenção de IRS para os que ganham menos de 630 euros, aumentos e descongelamento de carreiras na função pública, etc…

    Só mesmo uma cegueira clubístico-partidária é que pode achar que a PAF foi melhor nalguma coisa, para o cidadão médio. Aliás, atacar este Governo não é ser anti-esquerdista. É ser anti-classe média e anti-equidade social. É não ser pessoa de bem.

    • O pior mesmo é os que votam na direita a defenderem aqueles corruptos que cortam tudo aos pobres mas dão milhões a bancos e empresas para fecharem as portas e tirarem direitos aos trabalhadores, depois acusam o governo da esquerda pela seca como se o problema fosse de um governo…

    • Este homem quando não toma a medicação fica assim.
      PSD / CDS – Recuperaram em 4 anos um país falido que os seus amigos roubaram de todas as maneiras possíveis e imagináveis.

      E quanto aos pobrezinhos… olhe que a medida tomada quer do subsídio de desemprego quer do RSI pelo PSD / CDS levou muita gente que estava no estrangeiro a voltar… Por que será?
      E muitos que recebiam o RSI e mais dois ou três mil euros por fora a instalar ar condicionados e a fazer trabalhos elétricos e outros afins ficaram, e muito bem, sem o RSI.

      Entretanto tome a medicação para ver se lhe passa a neura.

  2. Quando se põe um anuncio de emprego, respondem mas apenas para que lhes carimbem a declaração para entregarem na Segurança Social e assim continuarem a receber o subsidio sem trabalharem.
    Quem vai querer trabalhar se receber igual o mais do que estando a trabalhar?
    Estão em casa e não tem despesas de transportes nem de refeições fora

  3. E os retroativos serão considerados também?
    Os que ficaram sem o seu trabalho e com menos subsídio para se fazer face à crise, não são mais nem menos que os professores…

  4. estive na situação de receber com corte o valor do subsidio de desemprego, para o qual contribui largamente ao longo dos meus anos de desconto. Agora, onde e a quem entrego o meu NIB para me ser devolvido o que me foi foi cortado?

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