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Duodécimos, greve, fechar serviços: o programa do Governo e os “fantasmas da troika”

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MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O primeiro-ministro Luís Montenegro conversa com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro

Programa tem algumas novidades, ao contrário do que é habitual. Muitos portugueses devem ficar desconfiados.

O programa do Governo foi aprovado na quinta-feira passada, em Conselho de Ministros. Tem 10 eixos prioritários, entre reforma do Estado, imigração ou aumento de rendimentos.

Ao contrário do que é habitual, este documento traz novidades – porque há três medidas que se destacam, que não estavam no programa eleitoral da Aliança Democrática (AD). E são medidas que devem criar discussão e polémica, avisa Pedro Sousa Carvalho.

O economista destacou na Antena 1 que a alínea que mais surpreende é a possibilidade de rever o direito à greve. Essa possibilidade surge no programa do Governo “de forma bastante explícita”.

Recorde-se que a lei das greves não era um tópico do programa eleitoral da AD, para as legislativas de Maio, mas Luís Montenegro abordou o assunto por causa da greve na CP. O primeiro-ministro admitiu na altura que é preciso analisar “entre os efeitos da greve, o prejuízo que é causado à vida das pessoas e à vida do país. Há uma desproporção enorme e, francamente, nós um dia vamos ter de pôr cobro a isto”, afirmou.

Outro assunto que estava fora do programa eleitoral da AD, mas que está no programa do Executivo: o Governo quer dar a possibilidade aos trabalhadores de escolherem receber os 13.º e 14.º mês em duodécimos.

“À primeira vista parece positiva mas pode acordar fantasmas dos tempos da troika, quando o Governo liderado por Pedro Passos Coelho foi acusado de querer acabar com os subsídios de férias e de Natal”, avisou Pedro Sousa Carvalho, que no entanto sublinha que não será essa a intenção deste Governo. Mas, admite, a intenção pode “criar desconfiança”.

Por fim, a reforma do Estado. A “redução líquida das entidades da administração directa do Estado”, como se lê no programa do Governo. Traduzindo: encerrar serviços do Estado.

O ministro Leitão Amaro já garantiu que essa reforma da administração pública e do sector empresarial do Estado não será sinónimo de despedimentos de trabalhadores públicos ou de corte de vencimentos. Mas “é normal que alguns funcionários públicos tenham receio”, diz o economista na Antena 1.

ZAP //

10 Comments

  1. No Estado (Função Pública, Justiça, SNS, Guarda, Polícias, Forças Armadas…) não pode haver greves nem sindicatos, quem não gostar mude de profissão; greves e sindicatos só podem ser feitas e permitidos no Sector Privado.
    Os sindicatos, a actividade sindical, greves, e manifestações, são pagas com o dinheiro dos Portugueses que financia o Orçamento de Estado (OE), os Portugueses andam assim a pagar os sindicatos, os salários dos funcionários, e as greves dos outros. Os sindicatos têm de existir, exercer funções, e ser financiados, exclusivamente através das cotas dos seus associados e não com o dinheiro dos Portugueses.
    É preciso obrigar os funcionários do Estado e elementos das Forças Armadas, Guarda, e Polícias, a declarar se colaboraram/pertenceram ou colaboram/pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.) depois de identificados terão de sair, os despedimentos implementados, e os sindicatos proibidos assim como toda e qualquer actividade sindical ou de associação.

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    • Maçonaria, Jesuítas, Opus Dei,…??? Depois de ler o que escreveu tenho medo é de si e de outros iguais a si que existem ainda em Portugal.

      E já agora, de que forma é que o OE, financia os Sindicatos?? Fiquei curioso…

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      • O dr. AT tem medo é de ser exposto, tem medo da verdade ou de perder aquilo que lhe deram, pensava que era só expor a sociedade secreta/organização criminosa Maçonaria? Não, as restantes sociedades secretas/organizações criminosas como os Jesuítas, Opus Dei, etc., também têm de ser expostas e assim como à Maçonaria deve estar vedado aos seus elementos qualquer desempenho de funções no Estado.
        Lembre-se dr. AT a sociedade secreta/organização criminosa Maçonaria já foi proibida no País pelos crimes que cometeu contra Portugal, os Portugueses, e a República, assim como a sociedade secreta/organização criminosa Jesuítas que foi expulsa do País igualmente por crimes que cometeu contra Portugal, os Portugueses, e o Reino.
        PS: Quem controla a Maçonaria são os Jesuítas.

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      • Ficou curioso? Deixe lá, mais ainda ficaram os Portugueses e o que pretendo com o meu comentário é que eles pesquisem e se informem, seu pobre coitado.

    • Nos Paises do Norte da UE (muito mais evoluidos a todos os niveis) não podem fazer greve, nem podem votar. Assim como os Medicos, estes incorrem em processos criminais até. PT do 25/4 é uma bandalheira.
      Entede-se que o Povo que PAGA tudo (alimenta os Funcios) é que decide que tipo de Politica pretende para os Paises, não pode ser (é perversão) os Funcios escolherem o Regime SOcialista, porque desde logo e porque faz parte integrante da sua FIlososfia “tratar bem e mais largas para os Funcios” porque precisam dos votos deles.
      Muito bem Dr. Figueiredo

      • Quais são os «Países do Norte da UE (muito mais evoluídos a todos os níveis)» em que trabalhadores do Estado, não podem votar? Fiquei curioso de novo.

        E deixe-me adivinhar: Não vai responder!

        o Sr. é um ignorante que acha que sabe coisas e pretende influenciar quem o rodeia com aquilo que acha que sabe ou compreende, na esperança de nunca ser questionado sobre as alarvidades que vai debitando. E se for questionado, provavelmente vai defender-se com um «já li isso algures na internet…». Estou certo?

        Reitero o que escrevi inicialmente: Depois de ler o que escreveu tenho medo é de si e de outros iguais a si que existem ainda em Portugal.

  2. Figueiredo, só faz afirmações erradas e sem fundamento.
    Forças armadas, guarda, não tem direito a greve e a sindicatos.
    Já agora também deviam declarar qual o clube de futebol que gosta.
    Vai tomar os medicamentos.

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