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Coronavírus. INEM distribui material danificado a equipas de emergência

António Cotrim / Lusa

Os equipamentos que chegaram a muitas das 54 bases de emergência contra o coronavírus eram insuficientes e não estavam em condições.

Segundo a edição deste domingo do Jornal de Notícias, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) distribuiu equipamentos de proteção danificados aos profissionais responsáveis por assegurar o transporte de doentes com suspeitas de infeção pelo coronavírus.

Os equipamentos são fundamentais para proteger os profissionais de saúde contra o coronavírus. Entre eles detetaram-se máscaras sem elásticos e encaixes quebrados ou só um par de óculos, quando viajam dois técnicos em cada viatura. Além disso, o diário refere que as falhas não podem ser reportadas porque os computadores das bases estão avariados.

O INEM tem várias equipas a postos – Lisboa, Porto, Coimbra e Faro – para transportar os pacientes que cumpram os critérios definidos pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e sejam considerados como potencialmente infetados pelo novo coronavírus.

As equipas devem transportar os doentes para um dos três hospitais de referência – Curry Cabral e Dona Estefânia, em Lisboa, e S. João, no Porto -, para serem testados. Contudo, os profissionais responsáveis pelo transporte devem estar devidamente protegidos durante a viagem.

“As máscaras recebidas não asseguram a esperada e obrigatória proteção, porque só trazem um elástico, ficando soltas no rosto”, detalhou Rui Lázaro, dirigente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, ao Jornal de Notícias.

Uma das principais fontes de transmissão do vírus é através de gotículas (por exemplo, através do espirro ou do contacto com superfícies infetadas) que entrem no corpo humano através da boca, olhos ou nariz. Por esse motivo, é fundamental que estes profissionais estejam devidamente protegidos, uma vez que contactam com pessoas potencialmente infetadas.

Rui Lázaro disse ainda que os profissionais não receberam formação sobre como utilizar o material nem como “lidar com potencial material contaminado”.

O JN refere, contudo, que o INEM diz que não recebeu nenhuma queixa relativamente a material danificado e sublinha que a utilização do equipamento de proteção individual é um dos conteúdos da formação de base dos técnicos do instituto.

Fonte oficial do instituto de emergência médica assegura estar a levar a cabo formações “com intuito de relembrar os profissionais do instituto sobre a utilização dos diversos tipos” de equipamento.

ZAP //

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