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Coreia do Norte terá executado os seus emissários aos EUA após cimeira falhada com Trump

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A Coreia do Norte terá executado o enviado especial norte-coreano aos Estados Unidos na sequência da cimeira falhada entre os líderes dos dois países no Vietname.

De acordo com um jornal sul-coreano, Kim Hyok-chol foi o responsável pelas negociações que conduziram à cimeira de Hanói entre Donald Trump e Kim Jong-un, que acabou interrompida abruptamente sem acordo para a desnuclearização da península coreana.

A notícia foi dada pelo jornal sul-coreano Chosun Ilbo, um dos periódicos de maior tiragem do país, e difundida por vários meios de comunicação internacionais com correspondentes na Ásia. De acordo com a Reuters, o jornal alega que Kim Hyok-chol foi executado no aeroporto de Pyongyang juntamente com outros quatro funcionários do ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano.

O jornal cita uma fonte anónima norte-coreana, que explica que o responsável foi acusado de ser um espião ao serviço dos Estados Unidos, por não ter prestado informações completas sobre as negociações entre os dois países.

Já o líder da diplomacia norte-coreana da altura, Kim Yong-chol, terá sido enviado para um campo de trabalhos forçados junto à fronteira com a China, depois do falhanço da cimeira de Hanói. Kim Yong-chol já tinha sido demitido de um alto cargo no Partido dos Trabalhadores da Coreia e vários membros do seu gabinete deixaram de ser vistos em público.

Também Sin Hye Yong, uma intérprete responsável pelas traduções no encontro entre Kim Jong-un e Donald Trump, terá sido detida num campo para prisioneiros políticos, juntamente com Kim Song Hye, que lidera o comité para a reunificação das Coreias e que tem sido responsável por diversos contactos do país a nível internacional.

A intérprete terá cometido erros de tradução durante o encontro com Trump que terão sido críticos para o desfecho da cimeira — nomeadamente ao falhar uma “oferta de última hora” que Kim Jong-un terá feito a Trump minutos antes de o presidente norte-americano ter abandonado a reunião.

A cimeira de Hanói, em fevereiro, foi o segundo encontro pessoal entre Kim Jong-un e Donald Trump em menos de um ano — depois de um primeiro em Singapura. Enquanto os EUA pretendem negociar a desnuclearização total da península coreana, a Coreia do Norte quer o fim das sanções que isolam o país.

Porém, ao fim de dois dias de conversações no Vietname, Kim e Trump saíram sem chegar a acordo. “Tínhamos algumas opções mas decidimos não optar por nenhuma delas. Vamos ver até onde é que isto vai. Foram dois dias muito interessantes e produtivos. Mas às vezes temos de sair e hoje uma dessas vezes”, justificou, na altura, Donald Trump.

Na cimeira histórica realizada em junho, em Singapura, entre Donald Trump e o líder norte-coreano, os dois países concordaram em “trabalhar para a completa desnuclearização da península” coreana. De forma a avançar com o processo, Pyongyang tem insistido na remoção das sanções lideradas pelos EUA contra o país.

Os Estados Unidos pretendem continuar as sanções a Pyongyang, enquanto o regime não avançar no processo de desnuclearização e exigem que a Coreia do Norte tome medidas concretas, enquanto o regime norte-coreano pede que um tratado de paz seja assinado antes para ajudar a garantir a sua sobrevivência.

ZAP //

18 Comments

    • Está mesmo escrito no programa do PCP “apoiamos a “democracia” da Coreia do Norte e comemos criancinhas ao pequeno almoço”

      • Bernardino Soares (actual presidente da Câmara de Loures e ex-deputado):”não é líquido que a Coreia do Norte não seja uma democracia”.
        PCP (convidados para a Festa do Avante): FARC, representante do Regime da Venezuela, etc…
        É mesmo preciso lembrar mais alguma coisa, caro Bastardíssimo?

      • As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colúmbia), como o nome indica, são da Colúmbia !…

      • Bolas, você tem mesmo um problema com a língua portuguesa. Sabe ao menos para que serve uma vírgula?

        E, já agora, Columbia, é a capital da Carolina do Sul. Ou é um estado do Canadá (British Columbia). Já a Colômbia e as suas FARC são outra coisa.

        Mas volto a insistir: umas aulas de português não lhe farão mal…

      • Calma!…
        Não vi a vírgula e, era para ser mesmo Colômbia (mas, ao tentar colocar correctamente o acento, o corretor “enganou-se”)!
        De qualquer modo, por acaso, até não estava “errado” porque há relatos recentes de ex-guerrilheiros das FARC a actuar na Venezuela (ao lado do regime de Maduro).

    • “O comunismo na sua verdadeira essência”
      Onde?!
      A Coreia do Norte é uma “monarquia” absolutista/ditatorial, que, de comunismo, pouco tem – se o povo não tem poder, não é comunismo!…
      Anda por aí muita gente baralhada e, até há “crentes” do PCP que acham que a Coreia do Norte é uma democracia!…

      • “Se o povo não tem poder, não é comunismo”??
        Não me parece que saibas muito bem o que é “comunismo”, e o que é “um regime em que o poder é do povo”. Vai para aí muita confusão, a tua cabeça é que anda baralhada.
        Um regime comunista não é um regime em que “o poder é do povo”. Por definição, isso é uma “democracia” (demo-cracia, lembras-te?), na qual o povo elege os seus governantes.
        Ora um regime comunista é tudo menos uma democracia. Quem manda, não é o povo. São os apparatchiks. Quem ordena, em toda a Vila Morena, são os membros do Partido Comunista. É o Partido. Quem não é membro do Partido, não manda, não é “povo que ordena”. Lembras-te?
        Então, por definição, exemplos de regimes comunistas (ou seja, de regimes de partido único em que o poder é detido pelo Partido Comunista) são: China, Coreia do Norte, Cuba.

  1. Estás desculpado, a esta hora da noite e para mais fim de semana com este calor admito que os copos já estejam a fazer efeito, esta do povo ter poder num regime comunista só ao diabo poderia passar pela cabeça, de vez em quando sais-te com uma assim descontrolada que até parece um astróide perdido no universo, amanhã sairá melhor!

  2. Ah?!
    Mas qual partido?!
    Eu falei em algum partido?!
    Falei em comunismo, não falei em partidos!…
    Nem falei em “regime comunista”; falei em comunismo!…
    Vai reler porque nota-se que estás distraído…
    Além disso e, ao contrário de Cuba ou da China, na Coreia do Norte não há Partido Comunista!
    A ideologia do regime norte coreano chama-se Juche:
    en.wikipedia.org/wiki/Juche

    • Mau. Mas o que é isto? Achas que estamos numa reunião do Politburo e que só posso discutir contigo usando as tuas ideias?
      Sei muito bem que falaste em comunismo e não em partidos. E isso impede-me de falar em partidos? A que propósito? Já ouviste falar em dialética? Ou estás distraído?
      Quanto à ideologia da Coreia do Norte, citando o primeiro parágrafo do link que indicas:
      “… by becoming self-reliant and strong a nation can achieve true socialism”.
      Comunista, portanto.
      E no segundo parágrafo:
      “Kim Il-sung (1912–1994) developed the ideology, originally viewed as a variant of Marxism–Leninism until it became distinctly Korean in character[3] while incorporating the historical materialist ideas of Marxism–Leninism”.
      Comunista, portanto.
      Mas ignora os detalhes e tudo o resto. A essência do meu ponto: “Se o povo não tem poder, não é comunismo”??
      Seriously??

      • Eh pá, desculpe lá, mas você por acaso leu alguma coisa do Marx, ou do Lenine? Mesmo na sua essência o comunismo nada tem de justo. “A cada um conforme as suas necessidades”!?! Então quem trabalha e produz tem de sustentar inúteis, malandros e preguiçosos?
        Enfim, desculpe, mas não tenho tempo para perder com disparates…

  3. Daqui a 20 anos não existe PCP em Portugal (ou será que acaba antes ?). Porquê ? Por estas e por outras os seus dirigentes expõe-se ao ridiculo. Cuba já percebeu que se continuar assim não vai lá, na Venezuela e a Coreia do Norte a coisa é mais complicada. Temos pena dos povos mas em todo o mundo cada vez mais a opressão do dinheiro faz lei e não há nenhuma luz ao fundo do túnel. mesmo em Portugal com estes ilusionistas no governo a coisa está preta, imagine-se no resto.

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