/

Há conversas informais entre o Governo e os partidos pequenos. Bloco está de fora (para já)

Manuel de Almeida / Lusa

Até agora, avança o Expresso, só tem havido negociações informais com o PAN e o Livre. O Bloco de Esquerda espera para ver esboço do Orçamento do Estado antes de se sentar à mesa com os socialistas.

O canal de negociação está aberto, mas não com os parceiros de longa data Bloco de Esquerda e CDU. O Executivo volta-se agora para o Livre e para o PAN, no âmbito do programa do Governo. O Bloco de Esquerda só voltará a conversar com o Governo de forma oficial sobre o Orçamento do Estado e, para já, não há contactos informais, avança o Expresso.

Isabel Mendes Lopes, dirigente nacional do Livre e membro da equipa de negociação, adiantou ao matutino que, “em breve, haverá uma reunião oficial, mas temos estado a falar”.

Em cima da mesa, o partido colocou duas questões fundamentais, relacionadas com a alteração da lei da nacionalidade e a aceleração da transição energética. “Sentimos abertura na questão da lei da nacionalidade, mas nada está fechado.”

Ao que o Expresso apurou, tem havido também conversas informais com o PAN, mas o Bloco de Esquerda está de fora – não houve qualquer tipo de conversa desde que foi cancelada a reunião que deveria ter acontecido na terça-feira da semana passada.

Antes de se sentarem à mesa, cara-a-cara com os socialistas, o Bloco de Esquerda quer ver um esboço das medidas do Orçamento do Estado para 2020. Entre os temas principais, o partido de Catarina Martins quer ver o Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Salário Mínimo Nacional (SMN), a legislação laboral, o Estatuto do Cuidador Informal e as questões raciais.

Já o PAN quer reformas profundas em algumas das suas áreas fortes, como a agricultura. Contudo, o partido de André Silva vai também fazer uma aposta forte na próxima legislatura na área do trabalho, pelo que pede o alargamento da licença parental para as grávidas a partir da 32ª semana de gestação e mais medidas de proteção para os trabalhadores por turnos.

Ao Expresso, o gabinete de Duarte Cordeiro, secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, recusou tecer qualquer comentário sobre conversas não oficiais. Adiantou apenas que havia intenção de se realizarem reuniões com os vários partidos à esquerda.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.