Sem surpresas, foi aprovada a comissão técnica independente que vai apurar as circunstâncias do trágico incêndio de Pedrógão Grande e que vai funcionar por um período máximo de três meses. As conclusões sobre o que correu mal só deverão assim ser conhecidas depois das autárquicas.
O projeto-lei que cria a comissão técnica independente para apurar os factos relativos aos incêndios na região Centro já foi entregue no Parlamento, subscrito pelo PSD, PS, CDS-PP e BE, e funcionará por um período máximo de três meses.
Assim, as conclusões finais só deverão chegar depois das eleições autárquicas, em outubro.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, o líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, manifestou a sua satisfação com o consenso alcançado, lamentando que não fosse maior ainda, uma vez que PCP e Verdes ficaram de fora.
O PSD, explicou, pretendia que o prazo de funcionamento da comissão fosse mais curto – 30 dias – mas, em nome “do esforço de consenso”, os sociais-democratas aceitaram este período mais alargado.
Entre os 12 especialistas que integrarão a comissão, seis serão designados pelo presidente da Assembleia, Ferro Rodrigues, ouvidos os grupos parlamentares, e outros seis pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).
Fonte parlamentar disse à Lusa ser muito provável que entre o conjunto de técnicos haja especialistas estrangeiros.
Questionado sobre a forma de designação do presidente desta comissão, o líder parlamentar do PSD referiu que será indicado entre os seis especialistas designados pelos Reitores.
No final, a comissão terá de apresentar um relatório ao parlamento, que o apreciará, mas sem o votar, para não colocar em causa a independência do trabalho, exclusivamente centrado nas causas do incêndio que deflagrou em 17 de junho em Pedrógão Grande e causou pelo menos 64 mortos, e não em temas mais amplos, como a reforma florestal.
Os custos e o apoio jurídico à comissão técnica independente serão assumidos pela Assembleia da República.
Prejuízos de 250 milhões de euros
O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, estima em “pelo menos 250 milhões de euros” os prejuízos no concelho, decorrentes do incêndio.
O autarca diz também que o balanço feito pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, na quinta-feira, que anunciava que 40 empresas tinham sido afetadas pelo incêndio, assim como 500 casas, em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, foi uma estimativa “a quente”. Segundo Valdemar Alves, haverá ainda mais casos para avaliar.
Na Assembleia da República, o ministro da Agricultura estimou em 20 milhões de euros os prejuízos em explorações agrícolas também decorrentes daquele incêndio, que começou no dia 17 em Pedrógão Grande e que alastrou a Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, e também aos concelhos de Penela, Pampilhosa da Serra e Sertã.
ZAP // Lusa
Incêndio em Pedrógão Grande
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Claro! então ia-se agora numa altura destas mexer no assunto pondo em risco algum membro da geringonça que poderia prejudicar as eleições, assim fica para depois e nessa altura já tudo estará mais fresquinho e o apetite para discutir o assunto a sério ficará mais desinteressante, entretanto mais fogos virão e para o ano voltaremos à mesma situação sem que algo de importante tenha mudado para a sua prevenção.
não era de esperar outra coisa! deixar o tempo passar para se perder a importancia do assunto e não ferir popularidades. Talvez fazer mais um concerto solidário…
É uma vergonha que tenha que se esperar até depois das eleições! Claro que tudo fica mais bem explicado quando sabemos que após aquela desgraça aquilo que logo foi feito foi uma sondagem para Costa verificar se aquela desastrosa desorganização tinha tido reflexos na sua reputação… Era o braço direito de Sócrates e basta pensar um bocadinho!
Pois, e nota-se bem que tu não pensas nem um bocadinho!!
Pois,… a verdade custa a aceitar, não é?… Estes “geringonços” deviam ter vergonha e enfiarem-se num buraco bem fundo…. Taxistas vergonhosamente declarados… nem olham a meios para conseguir os fins…
Quanto a Costa ser braço direito de Sócrates concordo… até digo mais…. é cumplice
Ah?!
Mas qual verdade??
Quero lá saber dos “geringonços”…
Vergonha é essa tua triste falta de capacidade de raciocínio…
Claro não vá isso afectar a popularidade do monhé
Mas o que se podia esperar, meus amigos ?
Nem os mortos respeitam quanto mais os vivos !