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Chineses e americanos apresentaram as 3 propostas finais para a compra do Novo Banco

O Banco de Portugal recebeu três propostas vinculativas para a aquisição do Novo Banco, informou esta terça-feira a instituição.

“O Banco de Portugal informa que, na sequência do convite para a submissão de propostas vinculativas para a aquisição do Novo Banco dirigidas aos potenciais compradores selecionados para a Fase III do processo de alienação, foram recebidas três propostas até à data limite de 30 de junho de 2015 (17:00)”, segundo o texto divulgado.

O banco central adiantou que vai avaliar as propostas dos chineses FosunAnbang e do norte-americano Apollo “nas próximas semanas”.

Na primeira fase deste processo participaram 17 entidades, tendo sido 15 avalizadas pelo Banco de Portugal para passar à segunda fase, ainda que apenas sete tenham formalizado esse interesse e apenas cinco tenham sido escolhidas pelo supervisor bancário para o efeito.

No início deste mês, o Financial Times escreveu que os favoritos a adquirir o Novo Banco são os chineses da Fosun ou da Anbang, os únicos que estão dispostos a pagar mais de quatro mil milhões de euros pela instituição financeira.

Para além dos chineses, estavam também na corrida à compra do Novo Banco, diz o FT, os espanhóis do Santander e os fundos norte-americanos Apollo e Cerberus, que passaram os últimos dois meses e meio na fase de due dilligence, ou seja, em contacto com o banco para conhecer a sua situação financeira, patrimonial e outros.

A “atratividade da oferta financeira”, leia-se, o melhor preço, é o principal critério de escolha entre as propostas que forem apresentadas para a compra da instituição agora liderada por Eduardo Stock da Cunha.

O segundo critério mais valorizado para a escolha do comprador será a sua disponibilidade para comprar a totalidade dos ativos colocados à venda, seguindo-se-lhe os planos estratégicos e de desenvolvimento apresentados para o Novo Banco, e o impacto geral da operação na concorrência e estabilidade do setor em Portugal.

A 3 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

/Lusa

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