O ministro das Finanças admitiu que o Estado pode vir a apoiar a Associação Mutualista Montepio, em caso de necessidade, e adiantou que o Novo Banco pode precisar de injeções de capital em 2019.
Em entrevista ao Jornal de Negócios, Mário Centeno disse que “o garante último da estabilidade financeira é o Governo, e dentro do Governo o ministro das Finanças e, portanto”, tem de haver disponibilidade para ajudar a Associação Mutualista Montepio.
“Temos de ter, se e quando formos chamados a fazê-lo, se formos chamados a fazê-lo, princípios de orientação, e esses são os mesmos que temos feito até aqui e é evidente que precisamos de olhar para o sistema financeiro como um todo, com a mesma atitude que temos feito até agora, mas também com a certeza adicional de que está hoje muito mais robusto do que há uns anos”, disse.
O ministro das Finanças sublinhou que o Governo “tem de estar preparado para tomar as medidas de política económica que garantam que a recuperação do país permita uma recuperação sustentada de todas as instituições empresariais, de solidariedade, que sofreram ao longo dos anos, e com a crise, também internacional, uma decrescente dificuldade”.
Centeno reiterou ainda que o Novo Banco “pode” voltar a precisar de injeções de capital no próximo ano, “mas significativamente inferior a 2018”.
“A expectativa é que as injeções de capital tenham um perfil decrescente muito significativo no tempo e que a existir, e pode existir, nova chamada de capital em 2019, ela seja significativamente inferior, muito significativamente inferior, a 2018″, disse.
Em entrevista à TSF, o ministro das Finanças já tinha afirmado que, embora admita que a estabilização do setor financeiro está próxima, rejeita prometer que 2018 será o último ano em que o Estado será chamado a ajudar o chamado “banco bom”.
“A verdade é que estamos muito mais próximos de uma completa estabilização” do setor financeiro, no entanto, “não seria tão corajoso para fazer a previsão de que isso terminasse já em 2018″.
Ao Negócios, o governante disse também que para este ano o empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução por causa do Novo Banco “ainda não está fechado, mas andará em torno dos 450 milhões de euros”.
“Esse é apenas um empréstimo. O ‘apenas’ aqui é relativo. É um empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução que é uma entidade das administrações públicas e por isso não tem impacto no défice”, disse.
Na entrevista, Centeno destacou também que o Governo ainda não tem data para apresentar a sua proposta final para a supervisão do sistema financeiro. O ministro disse que “tem estado a trabalhar nisso mais ativamente nas últimas semanas”, mas não se compromete com um calendário. “Não tenho uma data para dar neste momento”.
ZAP // Lusa
Eu tambem preciso de ajuda Sr. Centeno!!!
nao e justo andar a dar dinheiro dos pobres tem juizo centeno
Portugal também neste andamento sempre a tapar buracos dos corruptos
O Centeno é que vai ajudar ? Com que parte do seu vencimentos ?
Ajudar com o dinheiro dos contribuintes é muito fácil mas eticamente nojento.
Ainda por cima trata-se de tapar buracos de corrupção e má gestão no Montepio com dinheiro dos contribuintes !!