O antigo vice-presidente do CDS-PP Nobre Guedes desafiou hoje Paulo Portas a tentar perseguir o sonho de “construir um Portugal diferente” que tiveram há 25 anos, escolhendo “mudar o sistema” e não apenas “melhorar um sistema podre”.
“Nós queremos apenas melhorar um sistema que está podre e esgotado e não tem solução ou queremos mudar o sistema?”, questionou Luís Nobre Guedes perante o XXV Congresso do CDS-PP.
Segundo Nobre Guedes, “o país pode ter hoje uma enorme surpresa” de o CDS ser “o partido que quer encabeçar esta mudança no sistema e esta mudança no país e faça de Portugal um país realmente diferente”.
“Se fizermos isto, o sonho quer tivemos há 25 anos talvez possa ser cumprido, mas, acima de tudo, não tenho dúvida alguma que o que é cumprido é Portugal”, afirmou.
Nobre Guedes, que poderá encabeçar a lista ao Conselho Nacional apresentada pelo movimento Alternativa e Responsabilidade (AR), a única tendência organizada de oposição a Portas no interior do CDS, tinha começado a sua intervenção lembrando que há 25 anos, com Paulo Portas, e “uma certa geração”, tiveram “o sonho de construir um Portugal diferente”.
Anacoreta Correia esperava reconhecimento de “erro” por parte de Portas
O líder do movimento Alternativa e Responsabilidade (AR), Filipe Anacoreta Correia, disse hoje que esperava que o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, tivesse reconhecido o “erro” da demissão no verão, sem clarificar que será candidato à liderança.
“Eu esperaria que, quanto à crise de junho, houvesse uma sinalização de que aquele ato teve uma componente de erro, trouxe riscos para o país e deixou os portugueses sobressaltados e trouxe uma enorme imprevisibilidade política com graves consequências económicas e financeiras”, afirmou Filipe Anacoreta, à entrada para a sessão da tarde do primeiro dia do Congresso do CDS-PP.
Nuno Melo acusa Filipe Anacoreta de estar “na trincheira errada” e reproduzir argumentos do PS
O eurodeputado Nuno Melo acusou hoje o líder da tendência do CDS-PP Alternativa e Responsabilidade (AR), Filipe Anacoreta, de estar na “trincheira errada”, reproduzindo os argumentos do PS contra os centristas.
“Custa-me que cada vez que os socialistas nos atacam tu aqui lhes reproduzas os argumentos. Custa-me porque te vejo na trincheira errada e porque o fogo amigo também mata. Sendo que o fogo amigo tem que ser involuntário e o teu não é, ou se é, não parece”, afirmou Nuno Melo.
Numa intervenção para apresentar a moção de estratégia sobre a Europa perante o XXV Congresso do CDS-PP, que decorre hoje e domingo em Oliveira do Bairro, Nuno Melo defendeu também a “excecionalidade” de os centristas concorrem coligados com o PSD às eleições europeias.
/Lusa