A saída de Filipe Lobo d’Ávila da direção centrista foi colmatada esta quinta-feira. Pedro Melo, que fez parte da direção de José Ribeiro e Castro, é um dos vice-presidentes do partido.
Filipe Lobo d’Ávila bateu com a porta em janeiro e Francisco Rodrigues dos Santos preencheu esta quinta-feira o buraco na direção. Pedro Melo é o novo vice-presidente do CDS-PP, anunciou o líder na sua intervenção inicial na reunião do conselho nacional.
Segundo o Público, Pedro Melo, advogado, fez parte da comissão política nacional liderada por José Ribeiro e Castro (2005-2007), e foi porta-voz do partido nessa altura. Foi também membro do conselho de jurisdição na liderança de Assunção Cristas, eleito pela Tendência Esperança em Movimento, corrente interna do partido.
Melo acabou por se demitir do cargo no final de 2019, por considerar que o CDS estava a adiar a refiliação do antigo líder Manuel Monteiro sem justificação legal – um “veto de gaveta” que não poderia aceitar.
Esta não é a única novidade no CDS, depois de vários lugares na Comissão Política Nacional terem ficado vagos na sequência das demissões que ocorreram maioritariamente entre o final de janeiro e o início de fevereiro, depois de o antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes ter proposto a realização de um congresso antecipado.
Foram eleitos vogais do órgão mais alargado da direção Ricardo Silva (presidente da distrital de Aveiro), Paulo Sousa (presidente da distrital de Viana do Castelo), Jorge Alexandre Almeida (presidente da distrital de Coimbra), António Pinto Moreira (presidente da concelhia de Oliveira de Azeméis), Jorge Santos (presidente da concelhia de Loures e que será candidato à câmara municipal), João Pedro Galhofo (presidente da concelhia de Odivelas), José Marcelo Mendes Pinto (antigo deputado e presidente do plenário concelhio do Porto), Rui Tabarra e Castro (secretário da concelhia de Oeiras), Margarida Bentes Penedo (deputada municipal em Lisboa) e José Paulo Areia de Carvalho (antigo deputado e membro da concelhia do Porto).
Este é o ponto final do líder centrista na turbulência interna que magoou o partido.
“Encerramos um ciclo que repõe a normalidade do funcionamento do partido e assumimos com reforçado ânimo e vitalidade o nosso verdadeiro propósito: estar ao serviço de Portugal, dos problemas dos portugueses e da construção de uma alternativa mobilizadora que traga esperança a este período tão difícil que atravessamos”, disse.
“O nosso combate faz-se lá fora, e os adversários que nos mobilizam são todos os que travam a construção de uma sociedade assente no mérito e no esforço, solidária com os mais vulneráveis, atenta ao potencial dos jovens e à necessidade de lhes criar condições para a realização dos seus projetos de vida”, acrescentou Rodrigues dos Santos.
Liliana Malainho, ZAP // Lusa