Filipe Lobo D’Ávilla, vice-presidente do CDS, apresentou a demissão esta quarta-feira à noite. O líder Francisco Rodrigues dos Santos está cada vez mais isolado.
O Expresso avança que Filipe Lobo d’Ávila se demitiu esta quarta-feira à noite da Comissão Executiva do partido, levando consigo mais dois membros da direção: Raúl Almeida e Isabel Menéres Campos. Os três elementos pertencem ao grupo Juntos pelo Futuro.
“Não é possível assobiar para o lado. O CDS não sobreviverá se não encontrarmos uma solução transversal e pacificadora e que nos volte a dar relevância”, lê-se numa carta enviada ao líder centrista, a que o Observador teve acesso. Estas três baixas confirmam a rota de colisão no núcleo centrista e fragilizam a liderança de Rodrigues dos Santos.
“O CDS tem hoje um problema de afirmação externa que importa enfrentar. Temos que conseguir ler para além da bolha das redes sociais e dos grupos de apoio do Whatsapp. A mensagem não passa. As pessoas não nos ouvem. O CDS não é considerado. Os indicadores são trágicos. A projeção externa ou não existe ou não é boa. Infelizmente, e por muito que me custe dizê-lo, o CDS de hoje não risca”, lê-se ainda.
Isabel Menéres confirmou a sua saída ao diário, mas adiantou que vai manter-se com líder da concelhia do CDS/Porto.
No mesmo dia em que Adolfo Mesquita Nunes propôs eleições antecipadas no partido, João Almeida disse ao Observador que nunca encarou “a disponibilidade de alguém como um facto negativo para o partido”.
O centrista tem sido um duro crítico da direção de Francisco Rodrigues dos Santos e não esconde que considera “positivo que haja esperança no futuro do partido”. O próximo Conselho Nacional é, para João Almeida, uma oportunidade “para escolher a melhor forma de devolver essa esperança e confiança aos militantes”.
Adolfo Mesquita Nunes terá de reunir cerca de 30 assinaturas para forçar o Conselho Nacional a discutir a eventual convocação de um Conselho Extraordinário para eleições internas antecipadas. O diário avança que a meta deverá ser alcançada com grande facilidade, já que o Conselho Nacional tem várias elementos críticos da atual liderança.
Depois cabe ao Conselho Nacional decidir se há ou não Congresso extraordinário.
Nuno Melo admite ser candidato em 2022
Em reação à proposta de Mesquita Nunes, Nuno Melo garantiu que não se vai opor à realização de um Congresso Extraordinário, ainda que prefira outro calendário.
Em entrevista ao Público e à Renascença, Melo explica que Mesquita Nunes “tem toda a legitimidade para pedir um congresso antecipado” e, se a vontade da maioria do partido for essa, não será ele a colocar obstáculos.
Mas se nada mudar e se o calendário se mantiver, “eu próprio não excluo, se o congresso for em 2022, ser candidato se nada se alterar“. “Se, em 2022, fizer sentido uma mudança de ciclo ninguém de bom senso se poderá excluir”, admitiu.
Nuno Melo candidato em 2022? Em que partido? No CDS? É melhor apressar-se… Não sei se ainda haverá CDS em 2022…
Na dança de cadeiras e nomes, destacam o Adolfo e o Lobo do Ninho da Águia
E aquele que melhor grita, está em partido alheio
Emigrem para o CHEGA e acabem de vez com essa fantochada para betinhos! o Nuno Melo não tem qualquer credibilidade, na minha modesta opinião é um trauliteiros que gosta de falar grosso mas faz pouco!
Com as cenas que tem feito, o Nuno Melo é um dos principais culpados do que se tem passado no CDS!..
Já cá faltava o Eurotacho. O tal, que só aparece aí nuns cartazes na altura das eleições para o parlamento europeu, e depois nunca mais se lhe volta a por a vista em cima durante 4 anos. Se ele acha que é o salvador do CDS, deixai-o vir por favor.
Isto não tem nada a ver com a direção. A qualquer uma acontece o mesmo. O CDS foi reduzido a pouco mais que zero e isso deve-se ao fenómeno CHEGA. Até Rui Rio está a ver o seu eleitorado a fugir-lhe. A andar assim, o Chega está a forjar a sua posição de LÍDER DA OPOSIÇÃO. Também à esquerda, PCP e BE estão a ver fugir o seu eleitorado para o PS.
Quando se fala do PC é para referenciar sempre a sua luta contra o fascismo (apesar de nunca se referir a sua tendência totalitarista e de perseguição de dissidentes), o que nos merece algum respeito.
O CDS foi também um partido importante na consolidação da nossa democracia nos anos “loucos” do gonçalvismo e dos Duran Clementes desta vida (lá está a face totalitarista do PC). Merece respeito por isso, sobretudo da parte das algumas figuras de referência da nossa politica que lhe estão associadas. Porque será que, de há anos a esta parte se têm vindo a afastar deste partido. A quebra de influência é já antiga, agora apenas se evidenciou pelo terramoto Chega.