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CDS a ferro e fogo num duelo renhido entre Rodrigues dos Santos e Mesquita Nunes

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José Coelho / Lusa

Francisco Rodrigues dos Santos respondeu a Adolfo Mesquita Nunes com a convocação de um Conselho Nacional para votar uma moção de confiança à sua liderança. Até lá, contam-se espingardas e o combate parece renhido.

De um lado, os fiéis de Francisco Rodrigues dos Santos acreditam numa vantagem de, pelo menos, 60/40. Do outro, os apoiantes de Adolfo Mesquita Nunes estão convictos de que será possível virar o resultado, apesar de reconhecerem que o líder tem vantagem.

Segundo o cenário traçado pelo Observador, grande parte dos cerca de 290 conselheiros foram escolhidos nas eleições que deram a vitória a Rodrigues dos Santos, o que resta da direção ocupa mais de 60 assentos e estarão quase todos com o atual presidente. Ainda há 24 elementos da Juventude Popular (JP) que estarão alinhados com o líder.

Rodrigues dos Santos acredita ter do seu lado cerca de 170 votos do universo de 290 conselheiros, aos quais se somam os 24 conselheiros indicados pela JP e os 12 indicados pela Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos (FTDC).

As contas do lado de Mesquita Nunes são diferentes, com um dos apoiantes do antigo vice-presidente de Assunção Cristas a afirmar ao diário que “está 50/50“. Os seus aliados acreditam que os últimos dias têm sido decisivos para convencer alguns dos conselheiros que estariam, em teoria, com Rodrigues dos Santos e alguns indecisos.

Mesmo o pior dos cenários, uma derrota por números redondos (75/25), mantém todas as perspetivas de futuro para um eventual congresso.

Parece certo que Francisco Rodrigues dos Santos tem uma vantagem teórica, até porque há oito estruturas que não estarão representadas no Conselho Nacional. É o caso da distrital de Braga, de Nuno Melo.

Além do resultado, há outras incógnitas que se impõem, como o caso da votação secreta, pedida por Adolfo Mesquita Nunes, que pode inverter a tendência. Será discutida a realização de um congresso ou apenas a moção de confiança? Esta é outra das perguntas que emergem e complicam as contas, uma vez que há conselheiros do lado da direção dispostos a votar a favor de um congresso, mas que não podem votar contra a moção.

Liliana Malainho, ZAP //

3 Comments

  1. Assim é que é! Adolfo é toxico, Mesquinha Nunes é fixe. O homem deve ter uns 40 e tais anos. Isto quer dizer que os pais dele que escolheram o nome de Adolfo, não o chamaram de Lenine

  2. O que está em dúvida, não são as pessoas só, mas o que é que as pessoas pensam. Se estiverem a pensar em tacho então escolham outro partido, se estiverem a pensar em Portugal estudem em conjunto o que é que os Portuguese precisam. Portugal não vai em liberalismo. A matriz do CDS é e sempre foi DEMOCRATA CRISTÃ. Nela se incluem a defesa dos trabalhadores na prespetiva de que só há postos de trabalho se houver empresas. A defesa de uns implica a defesa de outros. Vejam o que pensam os empresários cristãos. Não inventem, desculpem que o diga desde Amaro da Costa e depois Manuel Monteiro, nunca o CDS teve líderes à altura. O Portas só tem conversa e como era de esperar na primeira profundidade pôs-se na alheta. A Cristas mostrou o que valia e ia longe, mas a conjuntura não ajudou. Quanto ao Francisco está muito verde, precisava de tempo, mas o tempo não ajuda. Mas a solução não é luta de pintos. Façam um conselho nacional para estudar a REFUNDAÇÃO DO CDS. Com escolha da linha de orientação ideológica. O chega, o IL, o BE, o Livre, só terão futuro se os outros falharem. Mas o futuro não é fácil, porque o país não tem lideranças fortes. Existe uma pretensa elite de falhados e obedientes ao grande capital, é verdade. Saiem dos governos e têm tacho garantido. Vejamo PS tinha um lidere sério e com ideias e queimou Seguro. O PSD teve um líder e tem ego há do que ele fez Passos, o PCP é o único que tem um homem sério GERONIMO e que é respeitado pelos portugueses mesmo que não concordem com ele e o CDS teve o MANUEL Monteiro, que foi queimado por ter falado nas samsugas. O CDS tem que ter a coragem não de dizer o que os portugueses querem ouvir mas do que os portugueses precisam, e depois passar a mensagem. Temos tantas ferramentas para isso. Não precisamos de união na cedência mas iniciar um processo coeso sem oportunistas esses já temos muitos.

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