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Por um CDS mais conservador. Nuno Melo e Telmo Correia formalizam moção ao congresso

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José Sena Goulão / Lusa

Nuno Melo

Nuno Melo e Telmo Correia escolheram o dia 25 de novembro para apresentarem as linhas gerais da Moção de Estratégia Global que vão levar ao congresso do partido, em janeiro do próximo ano, no qual o CDS irá escolher um novo líder.

Nuno Melo e Telmo Correia, dirigentes do CDS-PP, vão apresentar uma moção ao congresso do partido, em janeiro de 2020, intitulada “Direita Autêntica”, que será “tudo aquilo que os congressistas pretendam dela”.

O anúncio foi feito numa página do Facebook criada para o efeito, em que o eurodeputado Nuno Melo e o parlamentar Telmo Correia, afirmam que a “intenção comum” dos subscritores é “fazer com que o CDS ultrapasse um dos momentos mais difíceis da sua história”, após ter obtido 4,4% nas legislativas de 6 de outubro, e que “reencontre o caminho do crescimento e afirmação”.

E definem o que pretendem para o partido, “um CDS conservador e de direita”, em que “a matriz é a democracia-cristã”.

Na publicação mais recente, Melo afirma ainda que a moção “Direita Autêntica” será “tudo aquilo que os congressistas pretendam dela”, o que, segundo um dos subscritores ouvido pela Lusa, significa que a ideia é levar o texto a votos, no congresso de 25 e 26 de janeiro de 2020, em Aveiro.

“Mais do que uma reflexão à volta de correntes internas ou do posicionamento do partido, o que temos que fazer é, com autenticidade e sem ter medo das palavras ou dos conceitos, assumir de forma autêntica o que somos: um partido de direita, sem receios, dúvidas, ou hesitações”, lê-se no texto publicado na rede social.

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Publicado por Direita Autêntica em Segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Nos dois textos, não é associado qualquer candidatura à liderança do partido.

Entre os subscritores contam-se, além de Nuno Melo e Telmo Correia, os ex-deputados Helder Amaral, Álvaro Castelo Branco e Manuel Isaac, mas também Rui Barreto, da Madeira.

Assunção Cristas anunciou a saída do cargo de presidente do CDS em 6 de outubro, na noite das legislativas em que o partido passou de 18 para cinco deputados, com 4,4% dos votos.

O congresso para eleger uma nova liderança está agendado para 25 e 26 janeiro, em Aveiro, e já há quatro candidatos: o deputado João Almeida, o antigo parlamentar e ex-secretário de Estado Filipe Lobo d’Ávila, Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), e de Carlos Meira, ex-líder da concelhia de Viana do Castelo.

Há ainda outro potencial candidato, Francisco Rodrigues dos Santos, líder da Juventude Popular (JP), que anunciou uma moção de estratégia e também admite concorrer.

ZAP // Lusa

6 Comments

  1. Vamos lá a ver se ainda vão a tempo depois de andarem 45 anos a alinhar com o sistema , sendo um partido de centro esquerda ( veja-se Freitas , Basílio etc ) . Venha mas é alguém novo que não esteja comprometido ( venha de lá o jovem da JC que já muito ouvi dizer ser de grande categoria )

  2. Acho que o CDS começa a ficar com um espaço muito apertado para poder sobreviver. Já nem digo crescer. Durante décadas foi um albergue espanhol onde caíam conservadores, direita católica, liberais, nacionalistas e por aí fora. Com o IL e com o CHEGA parte dos eleitores vislumbram outras opções. Se calhar o CDS só pode mesmo aspirar a representar os conservadores. Mas essa estratégia parece-me semelhante à do PCP, isto é, morte lenta. Cada vez há menos conservadores. Há por outro lado uma direita bem progressista, liberal em ascensão. E esses penso que já pouco se reveem no CDS.

  3. Há quem continue a lutar para condicionar a vida dos outros. Agora já o dizem abertamente: mais conservadores….. e quem ousar questionar os desígnios do Senhor , vai parar à fogueira………

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