Paulo Novais / LUSA

Fila de vários quilómetros de viaturas para abastecer em Coimbra, no dia do apagão
Aconteceu na zona de Coimbra. GNR esteve a escoltar transporte de combustíveis e vigiou postos de abastecimento.
O dia do apagão geral em Portugal teve muitos retalhos invulgares, ou mesmo inéditos, para contar. Incluindo na parte dos transportes, dos combustíveis.
Alguns taxistas pediram aos clientes para irem ter com os táxis a pé, porque não conseguiam ser contactados; não havia comunicações. Outros não podiam transportar ninguém: ficaram parados nas praças porque deixaram de ter combustível no carro.
O combustível foi assunto, nesta segunda-feira. Muitos postos de abastecimento ficaram sem sistema e, por isso, fecharam. Os condutores procuraram alternativas – nomeadamente postos ligados a hipermercados que, por terem geradores, ainda estavam abertos.
Criaram-se filas de centenas de metros, ou mesmo de quilómetros, junto a alguns postos de combustível.
INEM: podia mas não podia
No meio de uma dessas filas, verificou-se um caso bizarro, relatou a rádio Antena 1.
Nos arredores de Coimbra, uma carrinha do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) estava a ficar sem combustível e podia reabastecer num posto ligado a um hipermercado. Tinha combustível à sua frente, o espaço estava aberto – mas a carrinha não tinha autorização para reabastecer ali: não era a marca de combustível que está no contrato. Essa marca que está no protocolo… tinha os postos fechados. Ficámos sem saber o desfecho desta situação.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) esteve a escoltar o transporte de combustíveis para as infraestruturas mais críticas, nomeadamente hospitais.
Houve mais agentes da GNR nas ruas, reforçando o policiamento e a vigilância nas áreas mais críticas – áreas comerciais e precisamente postos de abastecimento de combustíveis, em especial na Grande Lisboa, em áreas com maior densidade populacional.