O Brasil tem a maior taxa de contágio (R0) de covid-19 do mundo, concluiu um estudo do Imperial College de Londres, citado pelo semanário Expresso, que analisa a tendência de evolução na pandemia em 48 países.
Cada pessoa infetada no Brasil com covid-19 contagia cerca de três outras pessoas. No início da semana, nota o mesmo jornal, o R0 do país estava nos 2,81. Para o levamento de restrições, recorde-se, os especialistas recomendam valores abaixo de 1.
O país sul-americano, a par dos Estados Unidos, é também o país com maior número de mortes esperadas na próxima semana, num valor estimado acima dos 5000 óbitos.
De acordo com o mesmo, Canadá, Índia, Irlanda, México, Paquistão, Peru, Polónia e Rússia surgem também como potenciais países onde o número de infetados tenderá a subir. Em sentido oposto, isto é, onde a propagação da covid-19 está a cair, encontra-se Itália, França, Espanha e República Dominicana.
Portugal aparece colocado no grupo onde a doença provocada pelo novo coronavírus está estabilizada. A seu lado estão a Alemanha, Bélgica, Colômbia e Estados Unidos.
Outros doze países, entre os quais a Argentina, Coreia do Sul, Dinamarca, Japão e Arábia Saudita, têm uma evolução da doença ainda incerta.
O estudo frisa que a sua precisão varia de acordo com a qualidade do registo e divulgação dos dados feitos em cada país, notando ainda que as estimativas de transmissão refletem a situação epidemiológica no momento da infeção dos casos de morte.
“Os 48 países selecionados para análise para este estudo tiveram por base os critérios de somarem pelo menos 100 mortes na última semana e um mínimo de dez em cada uma das duas semanas anteriores”, esclarece ainda o Expresso.
Ministro da Saúde desconhece pico da pandemia
O ministro da Saúde brasileiro, Nelson Teich, disse na quarta-feira não saber quando ocorrerá o pico da pandemia do novo coronavírus no país, acrescentando que existe uma “possibilidade real” de uma segunda vaga da doença.
“Quando é que vai ser pico? Não sei e ninguém sabe. Um dos grandes problemas de se definir uma data é que aquela sugestão transforma-se numa promessa de um dado real. Quando aquilo não acontece, toda a gente começa a perguntar-se se não estaremos a fazer algo errado apenas porque a data não coincidiu”, afirmou o novo responsável pela Tutela da Saúde, numa audiência virtual do Senado.
Segundo as estimativas do anterior ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, exonerado este mês pelo Presidente, Jair Bolsonaro, após divergências na questão do isolamento social, o país teria uma subida aguda no número de casos no corrente mês de abril, permanecendo em alta em maio e junho, sendo esse o período mais preocupante.
A partir de julho, o então ministro previu o início da desaceleração e, em agosto, um movimento de queda. Efetivamente, o país tem registado números recorde de mortes e novos casos nas últimas semanas.
Só nas últimas 24 horas, o Brasil registou 449 mortos e 6.276 novos casos da covid-19, atingindo um novo recorde diário de infetados desde o início da pandemia no país, segundo o Ministério da Saúde. Na terça-feira, o país já tinha contabilizado o maior número de mortos (474) num único dia. No total, o país sul-americano regista 5.466 óbitos e 78.162 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus.
Na audiência com senadores, Teich afirmou ser “real” a possibilidade de uma segunda vaga da covid-19 no país, acrescentando não haver dados suficientes que garantam que a mesma pessoa não possa ser infetada pelo mesmo vírus mais do que uma vez.
Coronavírus / Covid-19
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De acordo com o seu presidente Bolsonaro, o Brasil tem gente a mais e provavelmente as sondagens indicaram que o grupo mais atingido pelo Covid19, não são apoiantes dele
Diria que não é de admirar.
E isto ainda não é nada, se R0 esté nestes valores e continuam sem (querer) fazer nada para contenção, acentuado pela chegada do Outono, vão levar “bordoada” da séria…..
O Imperial College seria o mesmo que reduziu a previsão em Londres, de 500 mil para 20 mil mortes?
Em São Paulo, 27 janeiro 2020, dous figurôes, super doutores, Hosp. Sírio e Einstein, Khalil (afilhado de casamento de Lula e f. Marisa) o doutor doa congressistas e juízes supremos, e Davi Uip, porta-voz do estado (João dória), em um vídeo bem produzido e divulgado onde se auto “plantavam” verdades, afirmaram que o vírus chinês é uma gripezinha. Até a presente ninguém os chamou na responsabilidade. Cometeram crime e tem mandante(s).