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Bolsonaro veta obrigatoriedade do uso de máscaras em lojas e igrejas

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Joedson Alves / EPA

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, vetou hoje parte de uma lei que estipulava o uso obrigatório de máscaras em órgãos públicos, lojas, indústrias, templos religiosos e locais fechados em que haja concentrações de pessoas.

O veto foi divulgado no Diário Oficial da União, juntamente com outras partes da mesma lei aprovada no Congresso brasileiro no início de junho para regulamentar o uso de máscaras, de forma a conter a disseminação da pandemia do novo coronavírus.

Para justificar os vetos, o Governo brasileiro alegou que as partes suprimidos poderiam acarretar uma possível violação de domicílio.

Outras partes da lei foram sancionadas pelo chefe de Estado brasileiro e já estão em vigor, estabelecendo o uso obrigatório das máscaras em espaços públicos, transportes públicos como táxis, carros de aplicativos, autocarros, aeronaves e embarcações.

Bolsonaro, um dos líderes mais céticos sobre a gravidade da pandemia e que já classificou a covid-19 como um “resfriadinho”, foi fotografado inúmeras vezes sem máscara dentro de edifícios governamentais, em atos políticos e nas ruas de Brasília.

A sua conduta motivou uma disputa judicial, na qual o Presidente brasileiro inicialmente foi derrotado, tendo sido obrigado a usar máscara de proteção contra a covid-19 em todas as suas aparições públicas no Distrito Federal, região da federação brasileira onde se localizada a cidade de Brasília.

A decisão, porém, foi anulada esta semana por uma juíza do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que citou um decreto que obriga os moradores do Distrito Federal a usarem máscaras em locais públicos e, portanto, a magistrada entendeu que a regra não precisaria ser reforçada pela Justiça na ação que envolveu o Presidente brasileiro.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 1,49 milhões de casos e 61.884 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 521 mil mortos e infetou mais de 10,88 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

// Lusa

4 Comments

    • Muitos de nós embarcamos na campanha bem montada para denegrir e atacar sem descanso a imagem de Trump, Bolsorado e Boris.
      Enquanto isso, na nossa própria casa os números não param de espantar (pela negativa…). Só hoje, mais 413 casos novos! Os restantes países, que não são cegos, vão agindo em conformidade com o que se passa por aqui.
      Era bem mais produtivo olharmos para o nosso caixote do lixo em vez de andarmos furiosamente a remexer no do vizinho…

      • Quem lhe diz que não estou preocupado com a nossa própria situação ??????…..Trata-se simplesmente de exortar a População a tomar todas as medidas que façam barreira a esta estirpe, no sentido de diminuir ao máximo o seu contagio, mesmo assim o nosso Governo bem ou menos bem tenta incentivar a boas atitudes. Contrario é a atitude de Trump e Bolsonaro que se sentem bem com a taxa de mortalidade e infectados que poderiam ter sido evitados, parecendo até estarem orgulhosos de tais números. Não se esqueça, este Virus não conhece fronteiras, Sr . JT.

      • “o nosso Governo bem ou menos bem tenta incentivar a boas atitudes”
        Boas atitudes? Quais?
        Será que está a referir-se as comemorações do 25 de abril e do 1 de maio, quando por todo o mundo se cancelavam todo o tipo de comemorações?
        Será que está a referir-se ao anúncio patético de não sei quantos representantes de Estado a anunciarem a final da liga dos campeões, como se fosse o expoente máximo da nação, quando mais ninguém estava interessado em ter esse evento?
        Será que está a referir-se às declarações de que esse evento tb era um prémio para a classe médica?
        Será que está a referir-se às declarações de que o maior número de casos era porque se testava mais?
        Será que está a referir-se às declarações de que as vacinas servem para prevenir os vírus e os antibióticos servem para matar os vírus?
        Será que está a referir-se aos responsáveis políticos que dizem que as chefias falharam, mas não se incluem nas chefias?
        Será que está a referir-se à insistência de que as máscaras não faziam falta?
        Será que está a referir-se aos casos não contabilizados, apesar de serem reais?
        Será que está a referir-se às declarações patéticas de que portugal era um milagre no contexto do combate à pandemia?
        Será que esta a referir-se às reacções patéticas e provincianas emitidas em reação à não inclusão de Portugal na lista de países seguros.
        Será que está a referir-se aos gráficos publicados que comparam alhos com bugalhos, achando que toda a gente é idiota e não se apercebe da falácia bacoca?
        Será que está a referir-se às assimetrias sociais, em que perante a mesma situação uns recebam 100% do vencimento e outros 0%, mesmo que paguem os mesmos impostos?

        Enfim, os exemplos são tantos que não me parece que haja necessidade de estar sempre a bater e a tentar caricaturar Trump e Bolsonaro, quando temos tanto com que nos preocupar na nossa própria casa.

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