O fundador da Microsoft defendeu que a Apple devia ajudar o FBI a desbloquear o iPhone do terrorista do tiroteio em San Bernardino, nos Estados Unidos.
Numa entrevista ao Financial Times, Bill Gates tomou uma posição contra Tim Cook e defendeu que a Apple devia ajudar o FBI.
Em causa está um pedido das autoridades norte-americanas para que a empresa desbloqueie o telemóvel de um dos atiradores do massacre de San Bernardino, que matou 14 pessoas.
O caso tem ganho notoriedade nos últimos dias pela recusa da Apple, uma vez que essa operação pode pôr em causa a segurança dos dados de todos os seus clientes.
Para o fundador da Microsoft, o pedido não é “geral” mas apenas para “um caso em particular”, algo que também voltou a ser reafirmado pelo diretor do FBI, James Comey.
Apesar do apoio de Gates, outras empresas do setor, tal como a Google, o Facebook ou o Twitter, não viram com bons olhos esta situação e assumiram o seu apoio perante a decisão da empresa da maçã.
Até a Microsoft, que tem como atual CEO o indiano Satya Nadella, mostrou timidamente o seu apoio nesta questão, de acordo com as declarações de um porta-voz da empresa.
Gates considera que é necessário estabelecer regras claras para que tanto as autoridades como as empresas saibam em que tipo de situações as informações podem ser postas a descoberto. Uma delas é o terrorismo.
“As empresas de tecnologia devem ser forçadas a cooperar com as autoridades em investigações sobre terrorismo”, afirmou o milionário na entrevista.
Ainda sobre este assunto, John McAfee não quis ficar de fora e já veio dizer que se disponibiliza para desbloquear esse mesmo telemóvel.
Se no prazo de três semanas não o conseguir, o criador do antivírus com o mesmo nome diz que come um sapato como castigo.
ZAP / Canal Tech