O criador do antivírus disponibilizou-se para crackar o telemóvel que a Apple recusou se a desbloquear por pôr em risco a segurança dos seus clientes.
Depois de a Apple se ter recusado publicamente a desbloquear o telemóvel do atirador de San Bernardino, eis que surge o polémico programador John McAfee a dizer que está disponível para ajudar o FBI.
O criador do antivírus com o mesmo nome disponibilizou-se para crackar o telemóvel de Syed Rizwan Farook, um dos terroristas que em dezembro do ano passado matou 14 pessoas.
A empresa emitiu um comunicado esta semana a dizer que o desbloqueio pode pôr em risco a segurança dos seus clientes, posição que ganhou o apoio de outras conhecidas empresas, tal como a Google, o Facebook, o Twitter e até a Microsoft (embora de uma forma mais tímida).
Aliás, os próprios clientes fizeram questão de demonstrar esse apoio, juntando-se em frente à loja da marca em São Francisco, na Califórnia.
McAfee diz que o facto de se disponibilizar para desbloquear o iPhone não significa que não concorde com a posição da Apple, aliás é precisamente para evitar que a empresa seja forçada a instalar um ‘backdoor’. O programador considera que essa medida seria o “fim do mundo” da segurança digital.
Na visão do pré-candidato à presidência dos EUA, a ordem judicial é ainda uma prova de incompetência das autoridades norte-americanas.
McAfee acredita que o Governo tem recursos suficientes para conseguir fazer esse desbloqueio mas só não o faz porque não contrata as pessoas certas para o trabalho e, à custa disso, está “décadas atrasado na corrida digital”.
Segundo o programador, o Governo só contrata pessoas que vêm diretamente das universidades e recusa-se a contratar ‘hackers’ cheios de piercings ou com cortes de cabelo estranhos.
‘Hackers’ esses como os que ele diz integrarem a sua equipa “maravilha” que vai conseguir crackar o iPhone sem grandes problemas.
Não acredita? Então McAfee tem um argumento ainda mais forte. O programador diz que é a única pessoa a aparecer nos resultados do motor de busca do Google quando se procura o termo “lenda da cibersegurança”.
“Se duvidam do meu potencial, procurem no Google por ‘lenda da cibersegurança’ e vejam o nome que aparece em primeiro lugar”, afirmou, dizendo que come um sapato se não o conseguir em três semanas.
ZAP / Aberto Até de Madrugada / Canal Tech