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Empresa de Berardo comprou garagem em Azeitão que pode vir a acolher as suas obras de arte

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A Quinta da Bacalhôa, entidade do empresário Joe Berardo, comprou um edifício histórico com 30 mil metros quadrados em Azeitão, avaliado em vários milhões de euros, que poderá dar origem a um espaço cultural denominado Bacalhôa Berardo Collection.

Segundo avança o Jornal Económico esta sexta-feira, o imóvel foi comprado em 2018 pela holding da família Berardo para os vinhos e o enoturismo. O valor da compra em causa não foi possível apurar, mas tudo indica de que tenha sido na ordem dos milhões de euros.

Trata-se de um espaço com uma área que equivale à de três campos de futebol e que antes pertencia à Transportadora Setubalense – Belos, do Grupo Barraqueiro (de Humberto Pedrosa, acionista da TAP).

Questionada pelo Jornal Económico, fonte próxima do processo confirmou a operação, mas não adiantou pormenores. “Confirma-se a aquisição do espaço, mas não está nada definido quanto ao seu futuro”, disse.

Porém, especula-se que este imóvel possa servir não só para criar um novo espaço cultural denominado BBC, como para fins ligados ao negócio dos vinhos – já que fica situado nas proximidades do Palácio e Quinta da Bacalhôa. Outra possibilidade será vir a albergar a coleção Berardo, se o acordo com o Estado para a sua manutenção no Centro Cultural de Belém não for renovado em 2022.

As 862 obras de arte valem pelo menos 316 milhões de euros, de acordo com uma avaliação da leiloeira Christie’s, e estão na mira da CGD, BCP e Novo Banco, que as querem penhorar para recuperar créditos concedidos à Metalgest (holding de Berardo na Madeira) e à Fundação Berardo, no valor de 962 milhões de euros.

O processo, contudo, poderá ter dificuldades em avançar, uma vez que o empresário tem o património blindado através dos acordos com o Estado e da distinção entre a associação, a fundação e os seus bens pessoais.

A audição de Joe Berardo no Parlamento, no mês passado, para responder sobre a dívida de mais de 900 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos, pôs o país a falar do empresário madeirense. “Não tenho nada, não devo nada“, assegurou.

ZAP //

5 Comments

  1. Sim, sim, vai tudo ficar em águas de bacalhau!
    Foi tudo feito ao pormenor, sem pontas soltas. E que não se pense que houve incompetentes pelo meio; não foram incompetentes, tiveram bons “agradecimentos”!

  2. Este Sr. gajo não dá ponto sem nó. Já se está a preparar caso algo corra mal vai tirar o tapete de vez e com a CONIVENCIA dos n/ governos e politicos CORRUPTOS.

  3. Não se esqueçam, “quem rouba um tostão é um ladrão, quem rouba um milhão é um cidadão”. Frase muito antiga e sempre actual…

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