O Novo Banco e o Millennium BCP estão disponíveis para retribuir a ajuda aos contribuintes portugueses para que a economia e as famílias possam enfrentar a crise desencadeada pela pandemia da covid-19 e as suas consequências.
Em entrevista à SIC Notícias, o presidente do BCP, Miguel Maya, e o presidente do Novo Banco, António Ramalho, reconhecem que, depois de serem ajudados pelas contribuições dos portugueses, é tempo agora de retribuir a ajuda.
“O Millennium BCP sabe muito bem o que é ser ajudado e a importância da ajuda, porque nós tivemos num momento crítico da vida do banco uma ajuda dos contribuintes portugueses e sem essa ajuda não teríamos sobrevivido. Fomos capazes de devolver essa ajuda aos contribuintes portugueses e pagar mais mil milhões”, disse Miguel Maya.
António Ramalho, cuja instituição bancária ainda está a ser ajudada pelo Estado, concorda com Miguel Maya: “Seguramente é o momento de ajudar”, começou por dizer.
“E é o momento de ajudar para todos os bancos. Não fiquemos apenas pelos dois bancos que aqui estão [na entrevista da SIC]. Todos os bancos vão seguramente ajudar. Não há uma sociedade que possa funcionar numa crise como esta sem toda uma colaboração de todos os intervenientes”, considerou.
Na mesma entrevista, Miguel Maya explica que o BCP tem preparado um pacote de medidas que ascendem a 4,7 mil milhões de euros. Questionado sobre a implementação de moratórias, o líder bancário alerta que só falta o “diploma legal”, da Autoridade Europeia Bancária, para fazer as reestruturações que vierem a ser solicitadas.
“Temos as medidas todas preparadas. Falta diploma legal que permita que essas reestruturações se enquadrem numa moratória e que essa moratória”, sublinha.
Neste aspeto, o presidente do BCP voltou a concordar com Miguel Maya. António Ramalho defendeu que “o fundamental é assegurar a liquidez”, alertando que vem aí, nos próximos meses, “um outro vírus”. “Daqui a uns meses temos de ter os bancos em boas condições para financiar a economia. É fundamental que esta moratória se concretize”, disse.
O mesmo responsável recordou que o Novo Banco já reduziu, quase na totalidade, várias comissões bancárias nas transferências online, pagamentos de serviços, entre outros.
O Governo vem anunciar e bem medidas de apoio nomeadamente as moratórias aos desempregados, mas não pudemos esquecer aqueles que apesar de não estarem no desemprego, muitos tem vencimentos quase idênticos aos que estão no desemprego, com a agravante que tem monte de coisas para pagar e sem ajudas.
Vemos os bancos pomposamente nas Tvs, dizerem vão ajudar, vão fazer, na pratica, só burocracias, dificuldades e no fim montanha pariu um rato, anunciam medidas em que nada aliviam a carga das famílias, como por ex; isenção de comissões nas transferências e pagamentos…mas para estas operações as famílias tem que ter dinheiro na conta e muitas mal tem para o pão.
Bancos que foram ajudados até a exaustão de todas as famílias e todos os Portugueses e agora aperaltam-se para vir anunciar medidas de isenção em que pouco ou nada aliviam, outros com rendimentos baixos desde que não tenham sido despedidos ficam de fora,
A que repensar muito acerca desta banca…