O secretário de Estado de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, demitiu-se do cargo no Ministério da Saúde. O epidemiologista foi o autor da estratégia brasileira contra a covid-19.
Wanderson de Oliveira decidiu abandonar, esta segunda-feira, o cargo de secretário nacional de Vigilância em Saúde. O enfermeiro epidemiologista foi o criador da estratégia brasileira de combate ao novo coronavírus. Num email enviado ao Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira diz que vai continuar a “ajudar o ministro Pazuello nas ações de resposta à pandemia”.
“Somos da mesma instituição, Ministério da Defesa, e connosco é missão dada, missão cumprida”, escreveu, citado pelo jornal brasileiro A Gazeta.
O secretário de Estado abandona o cargo no Ministério da Saúde em discordância com as ordens de Jair Bolsonaro. O Presidente brasileiro mostrou-se várias vezes contra algumas das políticas de Oliveira.
Importante lembrar que Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, também foi demitido após contrariar a posição de Bolsonaro relativamente ao fim do isolamento social e do uso da hidroxicloroquina como formas de combater o coronavírus, escreve o Correio da Manhã.
Wanderson de Oliveira já tinha anunciado a sua demissão, mas aceitou permanecer temporariamente no cargo para ajudar o então novo ministro, Nelson Teich, que eventualmente também acabou por se demitir.
As política de Wanderson de Oliveira permitiram ao Sistema Único de Saúde (SUS) preparar-se minimamente para receber os milhares de infetados pelo novo coronavírus no Brasil. Numa estratégia baseada no distanciamento social através da quarentena, o epidemiologista tentou conter a propagação da doença no país.
Oliveira era presença constante nas entrevistas diárias em que o Ministério da Saúde apresentava os balanços com os novos casos. “Estarei sempre à disposição do SUS”, escreveu o especialista na mensagem enviada ao Ministério.
Desde que foi detetada a doença no país, já foram registadas 22.013 mortes e 347.398 casos confirmados de contágio pelo novo coronavírus.
Coronavírus / Covid-19
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Faltou dizer que a estratégia dele falhou miseravelmente e o próprio ex-ministro Teich era contra.
E por isso esse mesmo jornal fica publicando texto racista dizendo que os negros morrem mais de vírus chinês para não dizer que os pobres foram sacrificados pelos “lockdowns”.