A Direção-Geral da Saúde atualizou as recomendações de utilização da vacina da Astrazeneca esta quarta-feira, que passa agora a poder ser administrada a maiores de 65 anos.
O Público avança, esta quarta-feira, que a vacina da AstraZeneca-Oxford vai passar a ser administrada em Portugal também a maiores de 65 anos.
A meio da manhã, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou a norma relativa à vacina “de forma a permitir a sua utilização sem reservas a partir dos 18 anos, dada a sua segurança, qualidade e eficácia comprovadas, tal como foi aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos”.
“Esta decisão tem suporte na divulgação de dados conhecidos nos últimos dias, que indicam que a vacina da AstraZeneca é eficaz em pessoas com mais de 65 anos”, lê-se no comunicado da DGS.
Os novos estudos, “com base em metodologias científicas robustas”, demonstram que a vacina “é eficaz em indivíduos com 70 ou mais anos, quer na prevenção da covid-19, quer na redução das hospitalizações por esta doença, reforçando os dados iniciais de que esta vacina é capaz de produzir anticorpos eficazes no combate à infeção por SARS-CoV-2, mesmo em pessoas mais velhas”.
Nos últimos dias, outros países da União Europeia têm vindo a alterar a recomendação sobre a vacina da AstraZeneca, tendo por base estudos divulgados no Reino Unido e depois de os peritos da comissão técnica de vacinação e de outros especialistas, além do gabinete de crise da covid-19 da Ordem dos Médicos, terem proposto a alteração da recomendação.
Depois de França, também a Alemanha, Dinamarca e Suécia deram luz verde à utilização da vacina nos idosos. Esta semana, Itália seguiu o mesmo caminho.
Professores e funcionários incluídos na 1.ª fase
O mesmo comunicado divulgado pela Direção-Geral da Saúde revela que os professores e os funcionários das escolas vão ser incluídos no grupo prioritário a ser vacinado durante a primeira fase.
“No âmbito da resiliência do Estado, serão também vacinados o pessoal docente e não docente dos estabelecimentos de ensino e educação e das respostas sociais de apoio à infância dos setores público, privado e social e cooperativo, de acordo com o plano logístico que será implementado”, lê-se na nota, citada pelo Observador.
A DGS atualizou também os grupos prioritários, incluindo na primeira fase as pessoas com trissomia 21, “pelo risco acrescido de evolução para covid-19 grave”.
No início do mês, em entrevista à SIC, a ministra da Saúde já tinha revelado que o Governo estava a equacionar a hipótese de incluir professores e funcionários de escolas na primeira fase do processo de vacinação, ao abrigo do processo de desconfinamento.
“É uma hipótese que está a ser analisada, e não só em Portugal mas noutros países também”, disse, na altura, Marta Temido.
Balanço da vacinação em Portugal
Na terça-feira, a DGS divulgou o relatório semanal sobre a operação de vacinação em Portugal Continental, que indica que quase metade (47%) dos idosos com 80 ou mais anos já receberam a primeira dose da vacina e 10% já têm a vacinação completa.
Portugal aproxima-se, assim, da meta traçada pela Comissão Europeia para o final de março: ter, pelo menos, 80% da população mais idosa inoculada com a primeira dose.
O ritmo da vacinação desacelerou na última semana em Portugal, em comparação com a semana anterior (160 mil vacinas, menos 24 mil). Ainda assim, em todo o Continente, e até domingo, 293.245 pessoas já tinham recebido as duas doses das vacinas, mais 26.059 do que na semana passada.
Nos últimos sete dias, foram vacinadas com a primeira dose mais 133.974 pessoas. No total, mais de 7% da população (739.662 pessoas) já recebeu a primeira dose das vacinas desde que a operação começou.
A Renascença adianta, esta quarta-feira, que cerca de vinte mil elementos das forças de segurança que fiscalizam as regras do estado de emergência já estão vacinados.
“Neste momento, estão cerca de 20 mil efetivos [da GNR e da PSP] vacinados, correspondendo à disponibilidade de vacinas no quadro daquilo que são funções essenciais do Estado”, disse Eduardo Cabrita aos jornalistas.
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A vacina menos eficaz com o selo bem vincado do lobby farmacêutico. E o povo que seja cobaia.
Sempre a mudar de cuecas…
Que miséria de governo. Determinaram há cerca de um mês que não iam utilizar a vacina da AstraZeneca para maiores de 65 anos e agora, que 7 países europeus a rejeitaram, vêm dizer que a vão administrar. Como se pode confiar nestes gajos? Os meus pais disseram-me que não a vão tomar, uma vez que se confirmam efeitos colaterais graves.
Pela minha parte espero dispensá-la a não ser que seja enganado, coisa que por norma não é prática neste país.
Temos de experimentar, até acertar. 😉 Diversidade, há muita. Eficácia… pouca ou nenhuma.
O governo que sirva de cobaia e comece a tomá-la.