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“Apagão” nas Finanças. Há mais de 5 anos que não são publicados relatórios de vários organismos do Estado

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José Sena Goulão / Lusa

O ministro das Finanças, Mário Centeno

Há um “apagão” dentro do Ministério das Finanças. Vários organismos da tutela de Mário Centeno deixaram de publicar relatórios e boletins estatísticos com informação essencial de prestação de contas.

Em causa estão documentos como os relatórios de monitorização de áreas como o Setor Empresarial do Estado (SEE), as remunerações dos gestores públicos, o património imobiliário e o parque de veículos do Estado. De acordo com o Jornal de Negócios, esta quinta-feira, há casos em que os últimos relatórios publicados remontam a 2011 e 2013.

A Inspeção-Geral de Finanças (IGF), o principal organismo inspetivo do Estado, é uma das entidades que sofreram um “apagão” na prestação de contas. Desde o final de janeiro que não publica um único relatório com o resumo das auditorias efetuadas.

A Inspeção-Geral de Finanças é um serviço do Ministério das Finanças integrado na administração direta do Estado, dotado de autonomia administrativa, que funciona na direta dependência do Ministro das Finanças, e que tem por missão a avaliação e controlo estratégico da administração financeira do Estado e apoio técnico especializado ao Ministério das Finanças. A sua intervenção abrange todas as entidades do setor público administrativo e empresarial, bem como dos setores privado e cooperativo.

Por sua vez, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças é o organismo que mais relatórios e informação deixou de publicar. A DGTF deixou de publicar os relatórios anuais do Setor Empresarial do Estado (SEE), sendo que o último boletim disponível – sobre os “Princípios de Bom Governo” – é de 2015.

De acordo com o site da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, o organismo tem por missão assegurar a efetivação das operações de intervenção financeira do Estado, acompanhar as matérias respeitantes ao exercício da tutela financeira do setor público administrativo e empresarial e da função acionista e assegurar a gestão integrada do património do Estado, bem como a intervenção em operações patrimoniais do setor público, nos termos da lei.

O Jornal de Negócios questionou o gabinete do ministro das Finanças sobre as razões para este “apagão” estatístico e de informação, mas não obteve nenhuma resposta.

ZAP //

26 Comments

  1. … mas já está muita gente presa com indecente e má figura pelas falcatruas das Finanças, existem muitas formas de se pagar os favores aos compadres e família. Como escrevo tenho mais medo de ser roubado pelo próprio Estado do que pelos ladrões da rua.

    • Podes ter a certeza que és roubado mais facilmente pelo fisco do que pelos ladrões de rua! Se o terrorismo fiscal que temos fosse em frança já muitas cabeças tinham rolado!

      • Até pode ser pior (a carga fiscal é maior mas o nível de vida é superior ao nosso), mas lá se o fisco for para as AEs cobrar impostos saiem de lá com a cabeça debaixo dos braços!

      • És mesmo “anjinho”!…
        Achas que foi numa AE que isso aconteceu?!
        Sabes pelo menos, que não se pode andar a pé nas AE’s?
        Enfim…
        .
        De resto, eu concordo a 100% com a acção do fisco/AT!!
        Quem tem dívidas, só tem que as pagar!

  2. E admiram-se? Num país à beira da bancarrota, só mesmo com apagões se consegue mostrar aos outros que está tudo muito bem…. O pior vai ser quando estes deixarem o poleiro… aí vamos todos ver como estamos num paraíso que vira inferno num instante…

  3. Assim é que eles conseguem um défice baixo. Para além de todos os serviços do Estado estarem na miséria, ainda fazem “apagões” para não mostrarem as contas de muitos organismos. Para o Centeno, para o costa e para o homem das selfies está tudo nos trinkes. Eu também tenho mais medo dos bancos e do fisco do que dos ladrões que andan na rua!

  4. Á boa maneira Xuxalista – está tudo perfeito – tudo muito bom- mas amanhã aparece o homem do fraque a cobrar e anunciar a desgraça – assim também eu apresentava números magníficos!

  5. só Salazar fui altamente honesto o resto de lá para cá todos nos sabemos
    herança 850 toneladas de ouro muitos milhões de escudos o que é que aconteceu?

    • Esse foi tão honesto que entregou país (e colónias) a meia dúzia de famílias para explorarem a seu belo prazer, enquanto o povo vivia na miséria!!
      Bons tempos!…

    • António Alves, aí é que os políticos de agora não o podem criticar. Até tinha dois telefones: um para chamadas de Estado e outro para chamadas particulares, pagas pelo próprio Salazar. Com tanto ladrão que agora temos no executivo, Salazar, onde estiver, deve fartar-se de rir.

  6. Leram Bem ? Há mais de 5 anos que foi o apagão. Deve ter sido o mesmo apagão que fez desaparecer as listas das transferências para as offshores E em que altura foi? Há mais de 5 anos.

  7. Um país de corruptos e ladrões do povo que em 100%, 96% dos processos arquivados!!!
    Roubam sim ao pequeno, porque a eles não roubam, porque são maçons e seja em França ou Portugal a Maçonaria impere, por isso se tratam-se de primos…
    O nosso país está infestado de maçons que assim vão destruindo a classe pobre e média, porque são esses que estão a mais. vão ser substituidos por máquinas e ROBOTS.
    E assim resta a classe alta e outras que se compõem de corruptos e ladões do povo…
    SE NADA FÔR FEITO É ESSA A REALIDADE, A MAÇONARIA ESTÁ PREGADA EM PORTUGAL, NÃO SE DIVULGAM PORQUE É SECRETA.
    ESTÁ NO MEIO DE TODOS MINISTÉRIOS, FORÇAS ARMADAS, JUSTIÇA, BANQUEIROS, EMPRESAS PÚBLICAS, ASSEMBLEIA DA RÉPÚBLICA.
    E AS MAÇONARIAS MAIS CONHECIDAS DE MUITAS É A MAÇONARIA ORIENTE, PORTUGAL, LISBOA ETC….
    NÃO IRÃO VER CORRUPTOS, LADRÕES DO POVO, BANQUEIROS ETC….PRESOS
    Por isso é que Salazar e Marcelo Caetano não queria esses abutres e hienas.
    E assim enganaram o povo para depois do 25 de Abril de 1974 poderem roubar á vontade e assim temos dividas de 600%.
    Em breve se nada for feito cairemos no abismo, mas classe a classe pobre e média…

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