O grupo activista de hackers Anonymous declarou guerra à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, na sequência do ataque à redacção do jornal satírico francês Charlie Hebdo, ocorrido na quarta-feira.
Numa mensagem vídeo dirigida “à Al-Qaeda, ao Estado Islâmico e a todos os terroristas”, um membro da organização hacker Anonymous afirma que a morte das 12 vítimas do atentado terrorista “vai ser vingada”.
“Vocês permitiram-se matar inocentes e nós vamos vingar as suas mortes”, afirma o activista no vídeo, publicado no canal do YouTube da secção belga da organização.
“A liberdade de expressão sofreu uma agressão desumana. É nosso dever reagir”, acrescenta o activista. “Não vão impor as vossas leis à nossa democracia. Não deixaremos que a vossa estupidez mate os nossos direitos e a nossa liberdade. Estão avisados, aguardem a destruição”.
“Vamos perseguir-vos até ao último elemento e matar-vos”, afirma o activista, que adianta que a organização vai atacar os sites dos jihadistas e as suas contas nas redes sociais Twitter, Facebook e YouTube, numa operação baptizada de #Op Charlie Hebdo.
“Nós somos Anonymous, nós somos Legião. Nós não esquecemos, nós não perdoamos. Contem connosco. Tenham medo de nós, Al-Qaeda e Estado Islâmico”, conclui a mensagem do Anonymous.
Al-Qaeda avisa que vai haver novos ataques em França
A Al-Qaida, que esta sexta-feira reivindicou o atentado contra o Charlie Hebdo, prometeu novos ataques em França num vídeo colocado na internet e detetado pelo serviço norte-americano de vigilância de sítios islâmicos na internet (SITE).
Numa mensagem vídeo, Harith al-Nadhari, especialista na ‘charia’, a lei islâmica, na Península Arábica, avisou que a população francesa “não estará em segurança, enquanto combater Alá e a sua mensagem aos crentes”.
Os suspeitos do ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo, que fez 12 mortos e 11 feridos, afirmaram pertencer à célula da Al-Qaida da Península Arábica (Iemen).
Os dois suspeitos do ataque, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram abatidos pela polícia, depois de se terem barricado numa gráfica, em Dammartin-en-Goële, nos arredores de Paris, cercados por uma gigantesca operação das forças de segurança.
ZAP / Lusa