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Autoridades angolanas não conseguem notificar Isabel dos Santos

Eneias Rodrigues / Lusa

Angola não sabe do paradeiro de Isabel dos Santos. Portugal recebeu cartas rogatórias para constituir arguidos sócios da empresária.

Portugal recebeu um pedido do Supremo Tribunal de Justiça angolano para constituir arguidos Paula Oliveira, Mário Leite Silva e Sarju Raikundula, os portugueses com ligações a Isabel dos Santos. O semanário Expresso avança ainda que as autoridades angolanas não conseguiram, ainda, notificar a empresária, por alegarem desconhecer o seu paradeiro.

As cartas rogatórias chegaram com os pedidos de arresto das contas bancárias e participações em empresas de Isabel dos Santos. “Por norma, este tipo de pedidos é cumprido presencialmente. Um polícia vai a uma morada do visado e este assina o termo de constituição de arguido”, explicou uma fonte judicial ao matutino.

No entanto, o Expresso sabe que as autoridades daquele país não conseguiram notificar a empresária porque não conhecem o seu paradeiro exato. Segundo a mesma fonte judicial, “foram enviadas notificações para as empresas da visada para que possa assinar a constituição de arguido”.

Isabel dos Santos é suspeita de, entre maio e novembro de 2017, ter ordenado a transferência de cerca de 115 milhões de dólares de fundos públicos para o Dubai, mais precisamente para uma offshore criada por Jorge Brito Pereira, seu advogado.

A empresa contratada pela angolana tinha como diretores o seu principal gestor de negócios, Mário Leite da Silva, e Paula Oliveira, a única acionista declarada às autoridades do Dubai, amiga próxima e sócia da filha do ex-chefe de Estado angolano noutras sociedades.

Sarju Raikundalia era administrador da Sonangol e é suspeito de ter ordenado a transferência para a empresa alegadamente controlada por Isabel dos Santos.

ZAP //

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