André Silva acusou o PSD de Rui Rio de querer “pôr idosos a trabalhar em part-time” depois dos 70 anos. Mas a proposta dos sociais-democratas não é bem assim.
No debate desta segunda-feira, que juntou pela primeira vez André Silva e Rui Rio, o dirigente do PAN disparou certeiro em direção ao presidente do PSD: “Não percebo como é que Rui Rio se diz tão preocupado com os idosos quando tem uma medida que visa colocá-los a trabalhar em part-time depois da reforma como complemento à sua própria reforma. O PSD quer colocar os idosos depois dos 70 a trabalhar como complemento.”
Rio não gostou do que ouviu e tentou corrigir André Silva. “O que está lá [no programa do PSD] não é nada disso, é uma coisa totalmente diferente”, argumentou o social-democrata, explicando uma das propostas do PSD que prevê, no quadro do envelhecimento ativo, que um trabalhador possa entrar de forma gradual na reforma, podendo, mediante o acordo com a entidade patronal, começar a reduzir o horário ainda antes da idade de reforma, mesmo que isso signifique que se tenha de reformar mais tarde.
Segundo o Expresso, ainda que Rui Rio não tenha referido a hipótese de alguém, depois dos 66 anos, continuar a trabalhar, recebendo o complemento de que falava André Silva, não é rigoroso afirmar que o PSD quer “colocar idosos a trabalhar em part-time depois da reforma como complemento à sua própria reforma”.
O partido de Rio propõe dois cenários: que alguém se possa reformar de forma gradual ainda antes dos 66 anos; ou que, se assim o entender, possa continuar a trabalhar para lá dessa idade, sendo devidamente recompensado por isso, sempre no quadro de soluções que já existem e que o PSD apenas se propõe a melhorar.
“Se para os que desejam antecipar a passagem à fase de aposentação tal é possível desde que sujeito a penalizações, o prolongamento da atividade para além da idade de referência deveria ser melhor premiada sempre que há recurso ao trabalho a tempo parcial como complemento do montante da reforma. Casos há em que esse recurso a tempo parcial é concretizado através da prestação de serviços, ou de alterações aos contratos existentes, quando a relação poderia ser mais estável, transparente decorrente da vontade entre as partes (trabalhador e entidade patronal) e menos penalizadora em termos fiscais para os que optam por essas soluções”, lê-se no programa eleitoral do PSD.
Desta forma, o partido propõe-se apresentar, em sede de concertação social, um conjunto de “medidas de flexibilização da transição da idade ativa para a aposentação, criando incentivos para soluções de trabalho em tempo parcial e prolongamento da atividade para além da idade de reforma”.
Ao contrário do que André Silva sugeriu, este prolongamento não tem um carácter obrigatório.
Boa tarde,
André Silva e outros deveriam informa-se antes de falarem porcarias, pela boca fora.
De facto, e lamentavelmente a reforma é (para já), aos 66 anos e seis meses, porém, estas pessoas só vão gozar a reforma se assim o entenderem, pois não existe obrigatoriedade de irem, ou seja, as empresas têm que ficar com pessoas que pouco ou nada já produzem, por razões óbvias, e que por direito já deveriam estar a descansar de uma vida de trabalho, no entanto, entendem ficar sempre na mira de uma boa indemnização da entidade patronal, existe alguma empresa que aguente isto?
Para que serve a reforma? não é para reformar?
Não são as entidades patronais que querem que os reformados fiquem, são eles que não se querem ir embora, pelo já explicado (óbvio que não são todos), então, que façam part time parta aliviar as empresas, dum encargo que já não deveria ser delas.
É pôr o “velho” a carregar coisas pesadas que ele ao outro dia faz-se à vidinha.
O impacto da noticia, neste caso “pôr idosos a trabalhar em part-time” é que conta. Até porque a maior parte dos portugueses andam a dormir e só ouvem o cabeçalho das noticias. O resto já é muito trabalho para o cérebro “cansado” deles. Os políticos sabem disso e aproveitam para mentir descaradamente na CS porque sabem que o desmentido ninguém o vai ver e a maior parte nem se dá ao trabalho ou nem capacidade tem para entender estas coisas.
O Sr. André é macaco, aprende rápido as matreirices que a língua portuguesa é capaz: subverter as pequenas palavras em benefício próprio.
Eu só gostava de perceber como será o agricultor, criador de gado do futuro. Sr. André, vou esperar a resposta, essa de muitas que posso fazer de seguida.