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Aldeia em Odemira desperdiça 30 mil litros de água dos 40 mil que recebe por autotanque

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Pedro França / Agência Senado

Na rede pública de abastecimento, são lançados diariamente 40 mil litros de água, mas os habitantes de Relíquias dizem que 30 mil se perdem devido a “duas grandes fugas”. A Câmara de Odemira nega estes números.

A aldeia de Relíquias, em Odemira, é abastecida por autotanque desde abril deste ano. São lançados, duas vezes por dia, na rede público de abastecimento da aldeia cerca de 40 mil litros de água.

No entanto, avança o Público esta quinta-feira, a população não consome mais do que 10 mil litros. Ao diário, Daniel Balinhas, presidente da junta de freguesia adianta que a água estará a perder-se em duas grandes fugas que, até agora, ainda não foi possível localizar, com precisão, onde se situam. Os técnicos da câmara já estão a investigar as fugas, mas a autarquia nega a dimensão do problema.

A rede de abastecimento á das mais antigas do concelho, tendo sido instalada em 1972 e apresentando ruturas frequentes e um enorme desperdício de água. Ao mesmo jornal, o presidente da junta diz não “conseguir precisar, qual o volume de água consumido pela população”, mas denúncias de habitantes que chegaram ao Público asseguram que este não deverá passar de um quarto da água que é lançada na rede.

José Alberto Guerreiro, presidente da Câmara de Odemira, diz que a situação não passa de “uma afirmação gratuita”. Os dados “reais” referem que Câmara de Odemira “comprou à AgdA – Águas Públicas do Alentejo, S.A. 2404 m3 de água, ou seja a totalidade da água entrada no sistema, e faturou 1675 m3 de água à população”.

Além disso, acrescenta que “estes 1675 m3 correspondem a cerca de 70%” da água que foi utilizada pelos consumidores e que os “restantes 30% correspondem a água não faturada (grande parte gasta em espaços públicos, regas em espaços verdes e instalações sanitárias públicas)”.

Sempre que os anos registam baixa pluviosidade, a escassez de água nesta aldeia repete-se. Em abril foi necessário recorrer ao abastecimento por autotanque, uma vez que os cerca de dez furos e poços que abastecem Relíquias “secaram todos”, explicou Daniel Balinhas.

No futuro, a albufeira do Alqueva irá debitar caudais para a barragem do Monte da Rocha garantindo, desta forma, que a Estação de Tratamento de Água (ETA) instalada junto a esta albufeira abasteça os concelhos de Castro Verde, Almodôvar, Ourique e parte dos territórios de Odemira e Mértola.

ZAP //

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2 Comments

  1. Se fosse só em Relíquias que existe desperdício de água…
    Em Boavista dos Pinheiros, as bocas de rega do canal da Barragem de Santa Clara jogam fora milhares de litros de água, dia e noite.
    Mas o que é importante é gastar dinheiro dos contribuintes em parques feitos à pressa para receber a televisão e mostrar a grande oferta turística do concelho escondendo a pouca vergonha do parque natural de estufas.

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