/

Num debate sem debate, até Tino fez bonequinhos

8

Foram duas horas de debate sem verdadeiro debate, com os nove candidatos presidenciais (Maria de Belém faltou, depois da morte de Almeida Santos) mais em toada de entrevista do que de esgrimir de divergências. E foi Tino de Rans quem mais brilhou.

O médico Cândido Ferreira entrou deliberadamente ao ataque no debate, acusando Marcelo Rebelo de Sousa de não ter cumprido o Serviço Militar, repetindo a ideia da “falsa licenciatura” de Sampaio da Nóvoa e insinuando que Paulo Morais não entregou a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional.

Com estas polémicas pessoais em cima da mesa, Tino de Rans pôs a assistência a rir, notando que estava “a fazer bonequinhos no papel” perante temas que não lhe interessavam.

“Não venho aqui para intrigalhadas”, disse ainda o “homem do povo”, conforme se assume, que ainda se comparou a Messi, notando que é “bom jogador porque não dá chutos para longe” e que, no seu caso, só precisa que lhe “passem a bola”.

Com estas tiradas, Tino de Rans foi o único que recebeu aplausos da assistência no auditório da Fundação Champalimaud.

Marcelo Rebelo de Sousa evitou polémicas ao máximo, voltando ao registo simpático que momentaneamente abandonou, aquando do confronto televisivo com Sampaio da Nóvoa.

Sampaio da Nóvoa ainda tentou esgrimir argumentos contra o ex-comentador político, mas não conseguiu melhor do que repetir o habitual discurso contra um Marcelo demasiado volátil nas suas opiniões, passando a maior parte do debate a defender-se das acusações de Cândido Ferreira, que definiu como armas dos “desesperados”.

Maria de Belém acabou por ser também protagonista, apesar da ausência, por causa da questão das subvenções vitalícias aos ex-políticos, por ter sido uma das deputadas a solicitar a inconstitucionalidade da sua agregação à condição de recursos.

O tema foi especialmente aproveitado por Marisa Matias, que mencionou o assunto como “uma vergonha de que ninguém falou, porque os 30 deputados que as exigiram são apoiantes de Marcelo, Nóvoa e Belém”.

A confiança de Marcelo e a convicção de Nóvoa

No fim do debate, houve vários candidatos que se manifestaram contra a forma como foi organizado pelo canal público.

Henrique Neto considera que a RTP fez “um bocadinho de batota nos tempos”, favorecendo Marcelo, enquanto que Cândido Ferreira se queixa de que só teve direito a “oito minutos” para falar.

Marisa Matias, por seu turno, destaca que “deveria ter havido mais possibilidades” de verdadeiro debate entre os candidatos.

Já Sampaio da Nóvoa releva “uma convicção muito forte” na ida a uma segunda volta, enquanto que Marcelo se confessa “muito confiante” de que “não haverá segunda volta” e que, no próximo dia 24 de Janeiro, se vai abrir um “novo ciclo na vida política do país”.

SV, ZAP

8 Comments

  1. Sim palhaçadas por palhaçadas mais vale mesmo votar no Tino, QUEM SABE NÃO FAZ MELHOR QUE OS TAIS DITOS HOMENS DE CULTURA DIPLOMADOS MAS QUE A MUITOS ANOS NADA FAZEM PELO PAIS

  2. Devo reconhecer que para a candidata Maria de Belém a morte do dr. Almeida Santos, que ela invocou para faltar ao debate na RTP, a salvou dum “molho de brócolos” que seria explicar, convincentemente, por que assinou a petição a pedir a devolução das subvenções vitalícias. Seria trucidada pelos restantes candidatos.

    • Almeida Santos é menos um porco a mamar a subvenção. Esperemos que o Bolachada Maria Podre não tarde. E se possível que a Mumia de Buliqueime lhes vá fazer companhia o quanto antes.

  3. Amigo João acertou no 20,é só palhaçada,eu já tinha dado a minha opinião-Tino há só um o de Rans e mais nenhum,todos a votar no Tino-homem do povo-os intelectuais nada fizeram,deixem lá ir o Tino=Povo-Ok.

  4. Só por curiosidade, porque vejo mal, o candidato Edgar Silva não esteve presente neste debate? O vídeo não mostra, o texto não o refere… Esteve e não interessa, será transparente e terá comunicado em linguagem gestual?

  5. Zé gordo se você for atraz tb n se perdia nada pois pra si e pra quem acha que o tino é q era um bom presidente as futeboladas de domingo a domingo nos 3 canais da TV e nas rádios é que interessa. Bem podiam emigrar

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.