Tendo em conta os resultados das eleições, quem deveria ser primeiro-ministro: António Costa ou Pedro Passos Coelho? Para 52% dos portugueses, a resposta é clara: Pedro Passos Coelho.
Dois meses depois das eleições legislativas, a pergunta foi colocada aos eleitores numa sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1, Diário de Notícias e Jornal de Notícias, a 5 e 6 de dezembro, já depois da tomada de posse do Governo de António Costa.
Enquanto a maioria dos inquiridos considerou que o primeiro-ministro deveria ser Pedro Passos Coelho, 37% consideram que o PM deveria ser António Costa, com apenas 11% a não saberem ou quererem responder.
Em termos de percentagem, Catarina Martins (BE) é a líder partidária com mais avaliações positivas (58%), enquanto Pedro Passos Coelho regista 56% de avaliações positivas e António Costa vê descer o número de avaliações favoráveis para 47%.
Tendo em conta os votos nas legislativas e a opinião sobre as negociações posteriores, existe uma divisão clara entre direita e esquerda. Os eleitores do Partido Socialista, Bloco de Esquerda e CDU são maioritariamente favoráveis à indicação de António Costa. Por outro lado, os inquiridos que votaram na coligação Portugal à Frente preferem esmagadoramente (94%) o líder do PSD no Executivo.
Costa é o nome escolhido por 75% dos eleitores do PS, 55% dos que votaram no BE e 53% dos que votaram na CDU.
Curiosamente, nos dois partidos de esquerda que suportam o executivo socialistas há ainda uma franja considerável de mais de 30% que dariam a liderança do governo a Passos Coelho – 33% na CDU. No PS essa margem fica-se nos 19%.
Coligação sobe, mas não chega na mesma à maioria absoluta
No que toca às intenções de voto, todos os partidos subiriam se houvesse novas legislativas, com a exceção da CDU.
Os portugueses continuam a colocar a coligação PSD/CDS à frente nas intenções de voto: o resultado da aliança entre Pedro Passos Coelho e Paulo Portas subiu mesmo para os 41%, mais 1,5 pontos percentuais do que o resultado conseguido a 4 de outubro, mas não chega à maioria absoluta.
O PS também sobe nas intenções de voto para os 34% – mais 1,7 pontos percentuais do que em relação às legislativas, onde teve 32,3%. O Bloco de Esquerda também veria a sua votação aumentar, conquistando 11% dos votos nesta estimativa de resultados eleitorais (mais do que os 10,2% das eleições).
O PS aumentaria também, conquistando 34% dos votos , o que equivale a um crescimento de 1,7 pontos percentuais.
49% acham que Cavaco decidiu bem
Quando perguntados sobre a indigitação de António Costa, a 24 de novembro, pelo Presidente da República e “tendo em conta os resultados eleitorais e a composição do parlamento”, 49% dos inquiridos consideram que esta foi a melhor opção para o país, contra 35% dos inquiridos que consideraram que a indigitação de Costa não foi a melhor opção, e 16% que não se quiseram pronunciar.
Apenas os eleitores da PàF consideram, na sua maioria (64%), que a indigitação de António Costa não foi a melhor opção para o país, mesmo tendo em conta os resultados eleitorais – com maioria à esquerda no Parlamento.
Entre os eleitores dos partidos à esquerda, uma expressiva maioria entende que Cavaco tomou a decisão adequada aos interesses do país: 67% dos eleitores do Bloco de Esquerda que Cavaco Silva fez bem em indigitar o secretário-geral socialista, enquanto 22% consideram que não fez bem; 61% dos inquiridos que se afirmam eleitores da CDU concorda com a opção do Presidente da República e 33% acham que não foi a melhor opção para o país.
ZAP
É evidente que quem deveria ser 1º ministro era Passos Coelho, perante uma união na AR posterior de um grupo de desunidos e de programas completamente antagónicos em que afinal terminaram todos em farinha do mesmo saco, outra alternativa praticamente não existiria para evitar males maiores à nossa economia já de si débil.
Agora com este distanciamento temporal, consegues de certeza a bacorada que mandaste… Qual passos fedelho qual quê..