A reestruturação financeira do Novo Banco deverá levar ao despedimento de cerca de mil pessoas, uma das medidas necessárias face ao buraco de 1.398 milhões de euros.
A redução de trabalhadores e o encerramento de balcões serão medidas inevitáveis, face ao plano de recuperação definido pelo Banco de Portugal, depois de o Novo Banco ter chumbado nos testes de stress do Banco Central Europeu que detectou necessidades de capital de 1.398 milhões de euros.
É o que garante o Jornal de Negócios, que salienta que os despedimentos deverão afectar cerca de mil trabalhadores das agências que funcionam em Portugal.
O diário acrescenta que, para já, está “afastado o cenário de cortes salariais temporários”.
O plano da equipa liderada por Eduardo Stock da Cunha será ficar com menos de seis mil trabalhadores.
Actualmente, o Banco tem mais de 7.500 funcionários a nível interno e no estrangeiro.
Em reacção a estes dados, Carlos Gonçalves, da Comissão de Trabalhadores do Novo Banco, refere que, para já, há pouca informação e que os representantes dos funcionários esperam mais clarificações.
“A questão é saber exactamente quando é que começam a contar esses mil postos de trabalho. Desde há um ano para cá, já reduzimos muito próximo dos 800 postos”, nota Carlos Gonçalves à RR.
Os trabalhadores querem agora ser ouvidos por Stock da Cunha.
Nos primeiros seis meses do ano, o Novo Banco contou um prejuízo de 251,9 milhões de euros.
ZAP
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Os trabalhadores e o povo que paguem as mixórdias em que bancários & Cª Lda. se vão envolvendo.