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Novo Banco chumba nos testes do BCE, venda relançada de imediato

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O Novo Banco não passou nos testes de “stress” do Banco Central Europeu (BCE) que identificou necessidades de capital de 1.398 milhões de euros na entidade financeira. Um cenário que relança a venda “imediata” do Banco.

O Banco de Portugal relança o processo de venda do Novo Banco, cujo primeiro concurso internacional, lançado em Dezembro de 2014, foi cancelado em Setembro passado.

“A preparação da nova etapa do processo de venda será iniciada de imediato, agora que está afastado um dos principais factores de incerteza que condicionou o procedimento anterior”, explica o Banco de Portugal em comunicado.

Entretanto, para motivar “o reforço de fundos próprios”, o Novo Banco terá ainda que conseguir vender a Seguradora GNB – Seguros de Vida, salienta a entidade supervisora.

Além desta medida de “curto prazo”, outras terão quer ser tomadas, embora com mais tempo, nomeadamente a “alienação de outras participações consideradas como não estratégicas para a actividade do grupo Novo Banco”, nota o Banco de Portugal.

Necessidades de capital de 1.398 milhões de euros

O Banco Central Europeu (BCE) identificou necessidades de capital de 1.398 milhões de euros no Novo Banco, no cenário adverso dos testes de ‘stress’, que terão de ser colmatadas no prazo de nove meses.

De acordo com o ‘exame’ do BCE, divulgado neste sábado, naquele que é designado de cenário base, o Novo Banco cumpriu o mínimo exigido, tendo ficado com um rácio de capital CET1 [Common Equity Tier 1] de 8,2%, ligeiramente acima do mínimo de 8%.

Já no cenário mais adverso dos testes – com condições como agravamento da economia ou aumento do desemprego – ficou abaixo do mínimo de 5,5% definido pelo BCE, ao apresentar um rácio de apenas 2,4%.

Foi neste cenário que o BCE identificou falhas de capital de 1398 milhões de euros.

A instituição liderada por Stock da Cunha tem agora duas semanas para apresentar um plano com medidas para suprir a falha de capital, que terá de ser colmatada no prazo nove meses, até ao verão do próximo ano.

ZAP / Lusa

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