Dois dos principais patrocinadores da FIFA, a Coca-Cola e a McDonalds, exigiram hoje a demissão imediata do presidente do organismo, o suíço Joseph Blatter, mas o advogado deste já afirmou que não o fará.
Também agora investigado pela Justiça suíça, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, está sob pressão.
Esta sexta-feira, alguns dos principais patrocinadores da entidade que rege o futebol mundial fizeram um pedido formal para que o suíço se afaste do cargo “pelo bem do futebol”.
As duas companhias pediram a demissão de Blatter, justificando que a demissão “restauraria a confiança na FIFA”, organismo que rege o futebol mundial e que tem estado envolvido num escândalo de corrupção.
De acordo com aquelas duas empresas, a FIFA tem que tomar medidas imediatas para mostrar que está a trabalhar seriamente nas reformas, após o escândalo de corrupção que a abalou.
A fabricante de refrigerantes Coca-Cola diz que a “reputação e a imagem da FIFA ficam mais manchadas a cada dia”. Já a rede de fast food McDonald’s afirma que a renúncia imediata de Blatter seria “pelo melhor do futebol”.
Juntas, as duas empresas representam quase metade de toda a receita anual que a FIFA obtém de patrocinadores.
A Budweiser e a Visa, também patrocinadoras da entidade, engrossaram o pedido das duas companhias pela saída do suíço.
Os advogados de Blatter, porém, negam qualquer possibilidade de que o presidente deixe o cargo neste momento. Em comunicado, os seus representantes alegam que a saída de Blatter “não é o melhor para os interesses da FIFA”.
O escândalo na FIFA rebentou quando, a 27 de maio, o Departamento de Justiça dos EUA indiciou 9 dirigentes ou ex-dirigentes e 5 parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos.
Em causa estarão subornos no valor de 151 milhões de dólares, quase 140 milhões de euros.
A acusação surgiu depois de o Ministério da Justiça e a polícia suíça terem detido 7 membros da FIFA, num hotel de Zurique.
Dois dias depois, apesar do escândalo, Joseph Blatter, de 79 anos, foi reeleito para um quinto mandato à frente do organismo, mas acabou por se demitir.
No entanto, apesar de demissionário, Blatter recusou abandonar imediatamente o cargo, mantendo-se em funções até esta data.
ZAP / Lusa / BBC