O Ministério Público esteve no empreendimento do Vale do Lobo, em Almancil, no Algarve, a realizar buscas no âmbito da Operação Marquês, na qual está implicado José Sócrates.
As buscas foram realizadas na quinta-feira passada, confirmou ao jornal Público a Procuradoria-Geral da República (PGR).
“O Ministério Público, no Departamento Central de Investigação e Acção Penal, realizou buscas na região de Lisboa e no Algarve. Diligências, estas, efectuadas no âmbito da denominada Operação Marquês“, refere a nota da PGR citada pelo referido diário.
No empreendimento turístico terão estado o Procurador Rosário Teixeira, o titular do processo que envolve José Sócrates, o juiz Carlos Alexandre do Tribunal Central de Instrução Criminal, bem como inspectores da Autoridade Tributária e agentes da PSP, segundo apurou o Público.
A administração do empreendimento confirmou ao mesmo jornal que as buscas visavam “documentação e provas relacionadas com antigos fornecedores” do complexo no Vale do Lobo “Terá também sido recolhido material informático”, refere o diário.
Esta atenção dada ao empreendimento justifica-se pelo facto de o mesmo ter estado ligado ao Grupo Lena, entre 2007 e 2008. O administrador deste conglomerado empresarial, Joaquim Barroca, bem como o empresário e amigo de José Sócrates, Carlos Santos Silva, são, a par de José Sócrates, arguidos na “Operação Marquês”. A tese do Ministério Público é que o Grupo Lena foi o agente corruptor do ex-primeiro-ministro.
Actualmente, o empreendimento do Vale do Lobo é detido maioritariamente pela Caixa Geral de Depósitos, que tem 24% das acções, estando as restantes dispersas por vários investidores portugueses e estrangeiros.
ZAP
A malha da justiça… Sobre a impunidade dos anafados em vil metal e do fartar vilanagem?
Só tenho a dizer uma coisa sobre este assunto…. “Coitado do homem”… não que queira defende-lo, mas sim que vai servir de distração para muitos outros corruptos que vão sair impunes.
As pessoas ainda não compreenderam a verdadeira dimensão do “problema” Sócrates… Aquilo não foi procedimento de justiça correcto. Em nada mesmo!
E depois não se admirem do reino de medo que paira neste país…