Amigo de José Sócrates continua a receber do Grupo Lena

José Sena Goulão / Wikimedia

Ex-primeiro-ministro e ex-líder do PS, José Sócrates

Ex-primeiro-ministro e ex-líder do PS, José Sócrates

Carlos Santos Silva, o empresário amigo de José Sócrates que se encontra detido preventivamente, tal como o ex-primeiro-ministro, continua a receber pagamentos do Grupo Lena.

Em causa estão projectos no âmbito da construção civil levados a cabo pelo empresário na Venezuela, conforme apurou o Jornal de Notícias.

O Grupo Lena confirma a este diário que de facto os pagamentos a Carlos Santos Silva ainda decorrem “em função dos trabalhos executados”, “trabalhos reais”, conforme frisa o conglomerado empresarial, frisando que foram “efectiva e comprovadamente feitos”.

O Grupo Lena sublinha também, conforme cita o Jornal de Notícias, que estes pagamentos foram feitos em Portugal, negando que tenha havido lugar ao pagamento de qualquer prémio ao amigo de José Sócrates.

Estes projectos de construção civil, pelos quais Carlos Santos Silva estará ainda a ser pago, respeitam a “um negócio de 700 milhões de euros contratado mediante o empenho de José Sócrates, enquanto primeiro-ministro, e de Hugo Chávez, o falecido presidente da Venezuela”, conforme repara o Jornal de Notícias.

Perante este dado, o Grupo Lena trata de notar que não tem relação especial alguma com o ex-primeiro-ministro e realça que outros governantes, além de José Sócrates, “tiveram semelhante postura, em prol da defesa dos interesses do país”, segundo cita o referido jornal.

Note-se que Carlos Santos Silva é apontado pelo Ministério Público como o “testa de ferro” de José Sócrates, no âmbito da investigação em torno da chamada “Operação Marquês” que investiga suspeitas de fraude fiscal, de branqueamento de capitais e de corrupção.

ZAP

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